Maduro acusa Portugal de ter sabotado o Natal dos venezuelanos

Presidente da Venezuela diz que falhou a promessa de distribuir o típico pernil natalício, porque os barcos que os transportavam foram sabotados. E acusou Portugal, sem dar mais explicações.

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LUSA/CRISTIAN HERNANDEZ

O pernil de porco faz parte das tradições de Natal na Venezuela. E, numa altura de crise e de escassez de alimentos no país, o Presidente Nicolás Maduro prometeu oferecer pernil aos venezuelanos, através dos Comités Locais de Abastecimento e Produção. A promessa não foi cumprida e agora o sucessor de Hugo Chávez acusa Portugal de ter sabotado os seus planos.

“Com a entrega do pernil, fomos sabotados. Um país em particular, Portugal. Porque nós comprámos todo o pernil que havia na Venezuela, mas precisávamos de comprar fora para preencher todas as necessidades e sabotaram-nos a compra do pernil”, disse Nicolás Maduro, citado pelo jornal El Nacional.

“Fiz um plano, que cumprimos, mas sabotaram-nos o pernil, foram sabotados os barcos que os traziam”, acrescentou Maduro, que se queixou ainda de alguns países terem bloqueado as contas bancárias da Venezuela que iriam ser usadas para efectuar os pagamentos. “Com ou sem sabotagem, a este povo ninguém tira a alegria.”

Nicolás Maduro, no entanto, não detalhou de que forma, na sua opinião, Portugal terá boicotado a chegada dos pernis à Venezuela.

No final do ano passado, a Venezuela comprou pernil em Portugal, através de um negócio com a empresa Agrovarius. Segundo o Jornal de Negócios, a empresa vendeu 14 mil toneladas de carne para a Venezuela por 63,5 milhões de euros.

Em Julho de 2013, como noticiou então o PÚBLICO, Maduro veio a Portugal, numa viagem em que contratou as mais diversas infra-estruturas, um parque de 12 mil casas prefabricadas e levou quatro mil toneladas de pernil congelado.

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