CTT admitem cortar 800 empregos nos próximos três anos

Redução dos postos de trabalho ditada pela evolução da queda do tráfego do Correio. Empresa quer poupar 6 a 7 milhões por ano a partir de 2020.

Foto
NUNO FERREIRA SANTOS

Os CTT anunciaram esta terça-feira um plano de reestruturação em que admitem eliminar 800 postos de trabalho nos próximos três anos em consonância com a evolução do tráfego postal. A empresa que pôs em marcha nas últimas semanas um plano de redução de pessoal que prevê “até cerca de 300 rescisões por mútuo acordo e reformas antecipadas” no curto prazo, explica, na apresentação agora divulgada, que prevê cortar cerca de 200 trabalhadores a tempo inteiro e que cerca de 140 “já aceitaram nas últimas semanas” abandonar a empresa.

No comunicado enviado esta tarde à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a empresa de Correios liderada por Francisco Lacerda explica que vai “reforçar o programa de optimização de recursos humanos” e continuar a eliminar redundâncias. Trocado por miúdos, o objectivo divulgado aos investidores fala em poupanças de cerca de cinco a seis milhões de euros por ano a partir de 2020 e gastos de 14 milhões no processo.

Mas a redução não vai ficar por aqui. No documento apresentado como o “lançamento da próxima etapa de crescimento e eficiência operacional nos CTT”, a empresa nota que as iniciativas previstas para a rede de distribuição também “implicam uma potencial redução de 800” trabalhadores “nas operações ao longo de três anos, em consequência da queda do tráfego do correio”. Isto de um total dos 6200 efectivos e 500 contratados a termo de que a empresa dispõe neste momento.

“O crescimento do negócio de encomendas e logística, essencialmente em função do comércio electrónico, determinará a compensação de parte da redução” de trabalhadores no Correio, acrescenta a empresa.

Ao nível das lojas, os CTT também antevêem um potencial de poupança na ordem dos seis a sete milhões de euros por ano até 2020. Esta optimização da rede de lojas implicará gastos de 15 milhões de euros. Estão aqui em causa as lojas "com pouca procura por parte dos clientes".

Sugerir correcção
Ler 10 comentários