Nova liderança no PSD parece não trazer “nada de novo nem nada de bom”

Marcos Perestrello, líder da Federação de Lisboa do PS diz que não tem havido debate de ideias no principal partido da oposição e que isso tem feito com que a campanha seja “quase clandestina”.

Foto
António Costa com Marcos Perestello Nuno Ferreira Santos

A pretexto dos dois anos de Governo, o PS reuniu 1.500 pessoas num jantar no Pavilhão Municial do Casal Vistoso, em Lisboa, para comemorar, depois de aprovado o Orçamento do Estado na Assembleia da República. António Costa entrou sorridente, mas em silêncio, não respondendo sobre a mudança de posição do PS, que primeiro votou a favor e depois contra a contribuição para empresas de energia renovável.

Marcos Perestrello, líder da Federação da Área Urbana de Lisboa do PS, foi dos primeiros socialistas a falar para defender a ideia de que actualmente o PS é o único partido com possibilidade e capacidade de governar e de poder dialogar com outros partidos. Lamentou Perestrello que esse diálogo não seja possível com o PSD. “Temos encontrado esses parceiros exclusivamente à nossa esquerda. Nos últimos 6 anos o PSD tem-se colocado fora do debate”, disse o socialista. 

Olhando para o futuro do maior partido da oposição, Perestrello disse esperar que “a mudança de liderança no PSD traga de novo esse partido para o debate democrático construtivo”. Contudo, o dirigente socialista não se mostrou muito esperançado uma vez que a campanha interna do PSD não se tem feito com o debate de ideias. “Mais parece um acto administrativo, sem debate, diria uma campanha quase clandestina”, criticou. Daí, “não virá nada de novo nem nada de bom para Portugal”, disse.

Sugerir correcção
Comentar