Ministro da Defesa diz ter pago “o preço de não interferir”

Azeredo Lopes considera “extremamente positivo” o facto de o material roubado ter sido recuperado mas recusa falar sobre a investigação ou o conflito entre a PJ e a congénere militar.

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Azeredo Lopes ao lado de Marcelo, nesta quinta-feira, na visita aos Açores LUSA/MIGUEL A. LOPES

O ministro da Defesa sustenta ter pagado “voluntariamente o preço de recusar interferir” nas investigações do caso do desaparecimento do material de guerra roubado dos paióis de Tancos, preferindo considerar como “extremamente positivo” o facto de esse arsenal ter sido encontrado.

Questionado nos Açores sobre o ponto de situação das investigações ao caso, Azeredo Lopes repetiu o seu lema nesta matéria: “O Governo não interfere na investigação criminal, portanto não tem de dizer em que ponto está ou deixa de estar, o Governo regista, e acho que todos registámos, como extremamente positivo, o facto de ser recuperado o material de guerra que tinha desaparecido”.

O que o ministro preferiu salientar foi o facto de o material ter sido recuperado, o que sublinha ter acontecido “pela primeira vez em democracia que me recorde”, afirmando que isso sim, “é algo com que o Governo se congratula”.

Questionado sobre os conflitos entre a Polícia Judiciária e a sua congénere militar na sequência das investigações e da posterior operação de recuperação do material, Azeredo Lopes recorreu à mesma fórmula:  “Se eu paguei voluntariamente o preço de recusar interferir nessa área, é evidente que não me vou pronunciar sobre algo que não tem sequer verificação”.

Na mesma manhã, o caso de Tancos merecera uma referência de Ferro Rodrigues numa entrevista à revista Visão, feita para assinalar o segundo aniversário do seu mandato. Durante a conversa, Ferro disse que o roubo de material militar em Tancos, "sendo muito grave, teve um aspecto altamente cómico", nomeadamente a forma como as armas foram encontradas.

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