Governo promete responder aos médicos até ao final da semana

Reunião desta terça-feira do Fórum Médico tem como principal objectivo debater o incumprimento de promessas do Governo feitas na sequência da greve dos médicos de Maio.

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Rui Gaudêncio

O Governo vai entregar até ao final da semana uma “posição negocial” sobre as reivindicações dos médicos que deram origem à greve de 10 e 11 de Maio. A garantia foi dada pelo secretário de Estado da Saúde, que reconheceu, na manhã desta terça-feira, que “algumas questões que os sindicatos colocam são pertinentes”.

Manuel Delgado afirmou que a resposta do Governo, que os sindicatos esperavam receber até ao fim de Julho, será “menos imediata em termos de solução, mas mais calendarizada no tempo nos aspectos sociais e económicos”. Ao entregar a posição do Governo esta semana, o Ministério da Saúde espera depois retomar as negociações com os sindicatos.

As reivindicações dos médicos, que, diz o secretário de Estado, estão ser estudadas pela tutela, dizem respeito à limitação do trabalho suplementar em 150 horas anuais (em vez das actuais 200), à diminuição do número de utentes por médico de família e à criação de um limite de 12 horas semanais de trabalho de urgência.

No entanto, “o dinheiro é sempre a questão difícil”, disse os jornalistas Manuel Delgado, à saída da apresentação do fim da primeira fase de projecto do novo Hospital Lisboa Oriental. A posição do Governo será, por isso, uma resposta conjunta dos ministérios das Finanças e da Saúde. Depois disso, a tutela reúne-se com os dirigentes sindicais no dia 11 deste mês.

Ao final da tarde, organizações representativas dos médicos reúnem-se no Fórum Médico, onde o incumprimento de promessas do Governo – entre as quais a criação de Centros de Avaliação Médica e Psicológica (CAMP) – é o principal ponto da ordem de trabalhos. A Ordem dos Médicos, cujo bastonário convocou a reunião desta terça-feira, diz que a agenda é marcada pelas promessas feitas pelo Governo na sequência da greve de Maio “e nunca cumpridas”.

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