Banana de regresso ao futuro

O rasgo de génio do melhor dos filmes de Gru, o Mal-Disposto é o seu regresso aos anos 80.

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Banana! Já não é possível pensar nas aventuras do ex-vilão Gru sem falar dos Mínimos, os acólitos amarelos que se tornaram num fenómeno de popularidade superior ao do herói nominal de Gru, o Mal-Disposto 1 e 2. Agora que os Mínimos já se autonomizaram, a equipa de animadores da Illumination tem um problema a resolver: como fazer coexistir no mesmo filme Gru (que nunca foi tão mal-disposto como parecia) e os bananas. A resposta, a julgar por esta terceira aventura, é elegante.

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Primeiro: deixar tudo na mesma do lado dos Mínimos, como personagens secundárias que têm direito a uma trama própria que fornece alguns dos melhores gagues.

Segundo: continuar a “enriquecer” a família de Gru que, depois de três filhas e de uma esposa, descobre aqui ter um irmão gémeo, num fio narrativo que aborda com leveza coisas sérias sobre família e paternidade. Terceiro­  e aqui é que está o rasgo de génio: fazer da “némesis” de Gru um antigo menino-prodígio dos anos 1980, uma espécie de Michael J. Fox ressabiado por o mundo se ter esquecido dele.

Balthazar Bratt  é o pretexto para os momentos mais hilariantes, em modo de sátira afectuosa ao actual revivalismo eighties, desde a música (A-Ha, Nena, Michael Jackson) à moda (chumaços nos ombros e cores fluorescentes). Mas não há pingo de maldade envolvido, apenas marotice de miúdo travesso embalado em impecável animação por computador em modo elástico-burlesco, capaz de falar a miúdos e graúdos.

É, para nós, o melhor e mais divertido dos três filmes de Gru, está uns bons degraus acima do filme dos Mínimos, e é um entretenimento descontraído óptimo para refrescar o verão. Banana!

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