Protestos contra Temer no Brasil resultam em 49 feridos e oito detidos

Manifestantes atacaram edifícios do Governo. Presidente brasileiro convocou as Forças Armadas para policiar as ruas do país.

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O que começou como uma manifestação pacífica, convocada para contestar as reformas do Governo, transformou-se num protesto agressivo, com a exigência da destituição de Michel Temer — na sequência de um escândalo de corrupção que atinge grande parte da classe política brasileira. Os protestos, de acordo com os sindicatos que os organizaram, levaram às ruas de Brasília cerca de 150 mil pessoas. Dos confrontos resultaram pelo menos 49 feridos e oito detidos, diz a Folha de S. Paulo.

Segundo a Reuters, este foi o protesto mais violento desde as manifestações contra o Governo de Dilma Rousseff em 2013. De acordo com a polícia, um dos manifestantes foi atingido a tiro. Já os media locais dizem que há pelo menos um ferido grave e outro foi atingido por uma bala de borracha na cara. Há ainda o relato de um terceiro manifestante que terá perdido a mão ao tentar atirar um explosivo às forças policiais.

O Presidente do Brasil, Michel Temer, respondeu com uma ordem para a intervenção das Forças Armadas na zona da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, onde a manifestação terminou com a destruição parcial de edifícios governamentais.

Esta é a segunda vez que um chefe de Estado brasileiro recorre às forças do exército para responder a manifestações. No total, serão colocados 1500 soldados nas ruas (1300 do Exército e 200 da Marinha), detalha o jornal Globo.

O decreto assinado por Temer, publicado no Diário Oficial da União, autoriza o uso das Forças Armadas no Distrito Federal por uma semana, até 31 de Maio.

Para poder recorrer às Forças Armadas, Michel Temer teve de declarar que as forças de segurança regulares - no caso de Brasília, a polícia legislativa e a Polícia Militar - eram insuficientes para conter o problema, explica a edição brasileira do El País. A decisão foi imediatamente contestada, num país onde a memória da ditadura militar (1964-85) continua fresca.

Sonia Fleury, uma analista política ouvida pela Reuters, sublinha que a decisão só deverá aumentar a revolta dos populares. "Estamos numa crise profunda. Temer já não está a governar. Qualquer coisa que ele faça, como convocar militares, só irá piorar as coisas", considera.

O protesto desta quarta-feira foi organizado pelas frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, União Geral dos Trabalhadores (UGT) e Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST). Os detidos são acusados de crimes de lesão corporal, danos ao património público, porte de arma branca e destabilização da ordem pública, detalha a Folha de S. Paulo.

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