Sem margem de erro após a vitória na véspera do FC Porto, o Benfica saiu incólume da primeira das oito finais que tinha até ao final da época – sete para o campeonato e uma para a Taça de Portugal. Em Moreira de Cónegos, numa exibição “encarnada” sem brilhantismo, Mitroglou voltou a assumir o papel de “deus grego” das “águias” e fez, no final da primeira parte, o golo que desfez a complexa rede montada por Petit. Com a vitória, por 1-0, o Benfica reassume a liderança da I Liga, enquanto o Moreirense fica com apenas um ponto de vantagem sobre o Nacional, penúltimo classificado.

Depois de poupar mais de dois terços dos habituais titulares a meio da semana contra o Estoril, o Benfica apresentou-se com “reforços” de peso: Fejsa e Grimaldo. No entanto, apesar de ter todos os trunfos, as “águias” não disfarçaram o momento periclitante que atravessam. Pressionado pela vitória do FC Porto e com apenas uma vitória nos cinco jogos anteriores, o Benfica assumiu o controlo da partida, mas os 70% de posse de bola nos primeiros 30 minutos resultaram numa mão cheia de nada. As dificuldades em ultrapassar a organização defensiva do Moreirense foram, no entanto, resolvidas pelo suspeito do costume: após dois jogos em “branco” — Mitroglou ganhou nas alturas aos defesas minhotos e fez de cabeça o 26.º golo na época.

A desvantagem não fez Petit mexer na equipa, mas na segunda parte o Moreirense surgiu bem diferente e com Ederson fora da baliza, Lindelöf evitou que Dramé fizesse o empate aos 49’.

A oportunidade assustou os benfiquistas, que recuaram no terreno, e vinte minutos depois, após um contra-ataque conduzido por Boateng, Dramé ofereceu o golo a Neto, mas o brasileiro desperdiçou a melhor oportunidade do jogo.

A partir daí, o Benfica conseguiu reassumir o controlo e Makaridze, aos 78’, evitou que Mitroglou voltasse a marcar. No minuto seguinte, Vitória trocou Jonas por Samaris e fechou de vez a porta ao Moreirense, que não voltou a incomodar Ederson.