Centeno confirma que venda do Novo Banco será assinada até ao final da semana

Mário Centeno diz que, quando chegou ao poder, o Governo tinha encontrado vários problemas no sector financeiro e que já tinha resolvido a maioria, estando o processo de venda do Novo Banco, que "estava parado", em vias de resolução.

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Mário Centeno diz que quando o Governo tomou posse, a venda do Novo Banco estava parada Enric Vives-Rubio

O processo de venda do Novo Banco está na fase final e a assinatura será feita esta semana, confirmou hoje o ministro das Finanças, Mário Centeno, em Londres. "O processo de venda do Novo Banco está nas fases finais e a assinatura será feita esta semana", revelou, durante uma palestra intitulada "As Perspectivas para Portugal e para a Europa" realizada no auditório da agência de notícias Bloomberg, em Londres.

Mário Centeno referia que, quando chegou ao poder, o Governo tinha encontrado vários problemas relacionados com o sector financeiro e que já tinha resolvido a maioria, estando o processo de venda do Novo Banco, que "estava parado", em vias de resolução. Esta informação confirma as declarações do primeiro-ministro, António Costa, que na terça-feira revelou que o Governo tinha a expectativa de concluir a venda do Novo Banco até ao final desta semana. Questionado pela agência Lusa se a situação do Novo Banco estaria resolvida até ao final da semana, António Costa respondeu apenas: "Sim, é essa a expectativa que temos".

A comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, admitiu na segunda-feira a possibilidade de o Estado português manter 25% do capital do Novo Banco, mas apontou que então deverá assumir outros compromissos, escusando-se a especificar quais.

O Novo Banco é o banco de transição que ficou com os activos menos problemáticos do Banco Espírito Santo (BES), alvo de uma intervenção das autoridades em 03 de Agosto de 2014, e que está em processo de venda. Desde Fevereiro que o Governo está a negociar a venda do Novo Banco em exclusivo com o fundo norte-americano Lone Star, que passou para a frente nas negociações depois de, no final de 2016, ter sido noticiado que, entre os concorrentes, o fundo chinês Minsheng tinha a melhor proposta financeira, mas não apresentou provas de que conseguiria pagar o montante oferecido, devido às restrições de movimentação de divisas na China.

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