Ex-líder da Catalunha proibido de exercer política durante dois anos

Artur Mas foi julgado por causa da consulta de 2014 sobre a independência.

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Artur Mas no início do julgamento, em Fevereiro Reuters

O Tribunal Superior de Justiça da Catalunha condenou esta segunda-feira o ex-presidente do Governo regional a dois anos de interdição de ocupar cargos públicos. Artur Mas estava acusado de “desobediência grave” por ter organizado, a 9 de Novembro de 2014 (9N), uma consulta sobre a independência que tinha sido proibida pelo Tribunal Constitucional.

Os juízes condenaram ainda a ex-vice-presidente da Generalitat, Joana Ortega, a um ano e nove meses de afastamento da política, e a ex-conselheira da Educação, Irene Rigau, a um ano e seis meses pelos mesmos delitos. O procurador pedia dez anos de interdição política para Artur Mas e nove para as suas antigas colaboradoras.

Os três vão agora recorrer da sentença. Em tribunal, defenderam que não tinham intenção de desobedecer à justiça e argumentaram que a justiça não os avisou a tempo das consequências da consulta, apesar dos seus pedidos de esclarecimento.

Depois da decisão do Constitucional, duas semanas antes de 9 de Novembro, o governo catalão defendeu que a ida às urnas, apenas consultiva, não estava a ser organizada pelo executivo mas pelas associações e pelos 42 mil voluntários que estas mobilizaram para o processo. Mais de dois milhões de catalães votaram então e a esmagadora maioria disse “sim às duas perguntas no boletim: “Quer que a Catalunha seja um Estado?” e, nesse caso, “Quer que a Catalunha seja um Estado independente?”.

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