Ataque do Daesh a hospital militar em Cabul faz 30 mortos

Mais de 30 pessoas morreram e 50 ficaram feridas.

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Ataque fez um número indeterminado de mortos e feridos HEDAYATULLAH AMID/LUSA

Pelo menos quatro homens armados, vestidos com batas de médico, atacaram nesta quarta-feira um hospital militar na capital do Afeganistão, perto da embaixada norte-americana em Cabul. O ataque já foi reivindicado pelo Daesh. A BBC avança que mais de 30 pessoas morreram e 50 ficaram feridas. 

O ataque começou por volta das 9h locais, relatam a BBC e a Reuters, quando um dos atacantes detonou os explosivos que levava consigo junto ao portão sul do Hospital Sardar Mohammad Daud Khan, um dos maiores do Afeganistão. Depois da explosão, três homens com armas automáticas e granadas de mãos entraram no complexo, invadindo o segundo e o terceiro andares, começando a disparar indiscriminadamente.

“Vi um atacante suicida, envergando um casaco branco, disparar na minha direcção, fugi pelas escadas e então ele abriu fogo sobre um dos meus colegas", disse à BBC Abdul Qadir, um médico que conseguiu escapar.

Outro trabalhador do hospital escreveu no Facebook: "Os atacantes estão dentro do hospital. Rezem por nós". 

As forças especiais afegãs já estão dentro do hospital e as forças de segurança delimitaram a área à volta do complexo de saúde, que se situa perto da embaixada dos Estados Unidos e numa zona muito movimentada da capital afegã.

O porta-voz do ministro da Defesa, citado pela Reuters, garantiu que um dos atacantes já tinha sido morto, mas os restantes continuavam escondidos, enquanto do lado dos soldados do governo há registo de dois mortos e três feridos.

O porta-voz do ministro da Saúde acrescentou que pelo menos três mortos e mais de 60 feridos foram levados para outros hospitais e que os doentes também estava a ser evacuados.

A acção já foi reivindicada pelo Daesh através da sua agência de notícias Amaq.

O ataque desta quarta-feira vem dar razão aos alertas deixados por oficiais do governo de que os ataques em Cabul deverão aumentar ainda mais este ano, à medida que os talibãs intensificam sua acção.

"Está a decorrer um ataque terrorista num hospital, o que atropela todos os valores humanos", disse o presidente Ashraf Ghani em declarações improvisadas durante um discurso no âmbito das celebrações do Dia Internacional da Mulher, acrescentando que em todas as religiões um hospital é considerado um local imune, “atacá-lo é atacar todo o Afeganistão".

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