Até às 21h, houve 210 ocorrências devido ao mau tempo

Autoridade Nacional de Protecção Civil registou muitas quedas de árvore e de estruturas. Mas nada com gravidade.

A agitação marítima colocou muitas zonas do litoral em alerta vermelho
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A agitação marítima colocou muitas zonas do litoral em alerta vermelho Nelson Garrido
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O número tem vindo a aumentar. Até às 21h desta quinta-feira, registaram-se 210 ocorrências devido ao mau tempo, sendo a maior parte destas quedas de árvores. Antes, até às 18h, o conjunto de ocorrências era de 201, segundo dados do Comando Nacional de Operações de Socorro, da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC). Os distritos mais afectados continuavam a ser, às 21h, Viana do Castelo, com 30 ocorrências, Braga, com 27, e o Porto, com 24. Mas o caso mais grave aconteceu em Ílhavo, onde desapareceu uma pessoa.

Em relação às restantes situações registadas, segundo o adjunto de operações nacional Marco Martins, não houve grandes variações entre as 18h e as 21h. Às 18h, havia registo de 102 foram quedas de árvores, 25 foram quedas de estruturas como andaimes ou painéis de publicidade. Houve ainda 12 inundações e cheias, quatro deslizamentos de terras e foram precisas 55 limpezas de vias. 

Segundo a agência Lusa, o mar galgou o areal em vários locais da marginal da Póvoa de Varzim, chegando a inundar a estrada, o que forçou ao corte de trânsito na via por parte da Câmara. Mas noutros pontos do país também houve relatos semelhantes: o mar também invadiu o porto de pesca da Figueira da Foz, junto à praia do Cabedelo, e projectou pedras de grandes dimensões para a zona de estacionamento contígua. O paredão norte da Costa da Caparica, no concelho de Almada, também foi interditado ao público ao final da tarde e assim vai ficar até à manhã de sexta-feira, disse à agência Lusa fonte da Polícia Marítima.

Antes, a ANPC tinha já avançado com um registo, desde a meia-noite, de um total de 170 ocorrências devido ao mau tempo. No entanto, disseram ainda que, no final da tarde desta quinta-feira, só 15 daquelas ocorrências estavam ainda em curso, mobilizando 26 pessoas e 16 veículos, segundo as informações disponíveis no site da ANPC. Na maior parte dos casos, as ocorrências dizem respeito a quedas de árvores, quedas de estruturas, necessidade de limpeza de vias ou de sinalização de algum perigo. Há também casos de inundações ou de desabamentos. Daquelas 170 ocorrências destacadas pela ANPC, 22 foram em Braga, 21 em Coimbra, no Porto e em Viana do Castelo e 19 em Viseu. Houve ainda 13 em Vila Real e em Aveiro e 11 em Bragança.

O litoral de sete distritos de Portugal continental está desde as 15h desta quinta-feira com aviso vermelho, o máximo da escala, devido à forte agitação marítima, indica o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Além de Lisboa, os outros distritos com aviso vermelho estão todos a norte deste distrito: Viana do Castelo, Porto, Braga, Aveiro, Coimbra, Leiria.

As previsões do IPMA indicam que as podem ocorrer “ondas de Noroeste com sete a oito metros de altura significativa, podendo atingir 12 a 14 metros de altura máxima”.

De acordo com a Marinha, citada pela Lusa, as condições adversas no mar são comparáveis à tempestade Hércules, que em 2014 provocou ondas de grande dimensão que atingiram primeiro os Açores e, posteriormente, Portugal continental.

Mais de 1500 civis e militares da Marinha Portuguesa e da Autoridade Marítima Nacional vão estar envolvidos na monitorização, prevenção e salvamento durante a tempestade que vai atingir a costa portuguesa. Os Açores estarão praticamente durante todo o dia com aviso amarelo também devido à forte ondulação.

Conselhos

Em comunicado, a ANPC deixa alguns conselhos para que “o eventual impacto” do mau tempo seja minimizado. Entre outros comportamentos preventivos, elencam a importância de se conduzir de forma “defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível acumulação de neve e formação de lençóis de água” nas estradas (os condutores devem ainda pôr as correntes de neve nos carros, se circularem em áreas atingidas pela queda de neve).

Por causa do vento mais forte, deve ter-se também “especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores”. Além disto, é preciso ter também “especial cuidado na circulação junto da orla costeira e zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a galgamentos costeiros, evitando se possível a circulação e permanência nestes locais”.

Não praticar quaisquer actividades relacionadas com o mar é outro dos conselhos – nem passear ou estacionar perto do mar. As autoridades pedem ainda que as pessoas não atravessem zonas inundadas.

“Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais” e retirar quaisquer “objectos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas” é outra das medidas de prevenção elencadas, assim como “garantir uma adequada fixação de estruturas soltas”, como, por exemplo, andaimes e placards.

O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa já se deslocou, durante a madrugada, à ANPC para se inteirar, entre outras situações, das condições meteorológicas.

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