"Vergonha", gritam manifestantes em frente à Casa Branca

A mobilização contra a directiva assinada por Donald Trump para impedir a entrada de cidadãos de sete países de maioria muçulmana e suspender o programa de acolhimento a refugiados prossegue este domingo, com protestos em várias cidades dos Estados Unidos.

Manifestantes em frente à Casa Branca
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Manifestantes em frente à Casa Branca LUSA/JIM LO SCALZO
Protestos em Washington
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Protestos em Washington LUSA/JIM LO SCALZO
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Manifestantes contra as proibições de entrada de estrangeiros LUSA/JIM LO SCALZO
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Medida está a ser criticada como um ataque aos muçulmanos LUSA/JIM LO SCALZO
Protesto em Nova Iorque
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Protesto em Nova Iorque LUSA/PETER FOLEY
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Battery Park, Nova Iorque LUSA/PETER FOLEY
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Nova Iorque LUSA/PETER FOLEY
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Senador democrata Chuck Schumer falou aos manifestantes LUSA/PETER FOLEY
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Resistir também foi palavra de ordem em San Francisco Reuters/KATE MUNSCH
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Cartazes estão a ser depositados à porta do aeroporto LUSA/PETER DASILVA
Manifestantes no aeroporto de San Francisco
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Manifestantes no aeroporto de San Francisco Reuters/KATE MUNSCH

Milhares de pessoas estão concentradas em frente à Casa Branca, e também do edifício do Capitólio, em Washington, a gritar palavras de ordem como “Vergonha” e repetir promessas de “Resistência” às acções executivas do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que visam impedir a entrada de imigrantes e refugiados em nome da segurança nacional.

Numa reacção espontânea de protesto contra a directiva assinada pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, a suspender o programa de acolhimento de refugiados nos próximos quatro meses, e a proibir a entrada no país de cidadãos de sete países de maioria muçulmana (Irão, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iémen), milhares de norte-americanos saíram à rua em várias cidades do país.

Os manifestantes começaram a concentrar-se nos terminais dos maiores aeroportos dos Estados Unidos na tarde de sábado, depois de se saber que as autoridades estavam a deter dezenas de pessoas com autorização de entrada ou vistos de residência permanente à chegada ao país. Também fora, muitos passageiros foram impedidos de embarcar em voos com destino aos EUA.

A companhia aérea Emirates, que tem ligações para 11 cidades norte-americanas, disse que teve de fazer mudanças nas suas rotas, para evitar que os seus pilotos e pessoal de bordo fossem detidos à entrada dos EUA.

Os protestos prosseguem este domingo, com manifestações em cidades como Boston, Chicago, Detroit, St. Louis, Houston e Los Angeles, bem como em vários campus universitários. Os manifestantes estão a recorrer às redes sociais para dar conhecimento das concentrações, que até agora estão a acontecer de forma pacífica.

Um dos maiores protestos estava a decorrer no Battery Park de Nova Iorque, com vista para a icónica estátua da Liberdade, um dos grandes símbolos da América para gerações de imigrantes. Num breve discurso, o senador democrata Chuck Schumer classificou a directiva presidencial assinada na sexta-feira como “contrária aos valores que estiveram na fundação do país”. “Estamos a falar de medidas que são a diferença entre a vida e a morte para muitas pessoas”, lamentou Schumer, que prometeu “não descansar enquanto estas ordens tenebrosas não forem revogadas”.

Uma multidão está reunida em frente à Casa Branca, onde se encontra Donald Trump. Os manifestantes repetem refrões como “Não ao ódio, não ao medo”, e exibem cartazes onde se lê que “A América é uma nação de imigrantes” e que os “refugiados são bem vindos”. Apesar do caos nos aeroportos na véspera, o Presidente disse que a implementação da sua medida estava a correr muito bem, e voltou a defender a sua acção num tweet em que escreveu que “o país precisa de reforçar as fronteiras e vetar os estrangeiros AGORA. Basta ver o que está a acontecer em toda a Europa e no resto do mundo – uma confusão terrível!”.

O seu chefe de gabinete, Preince Riebus, e a conselheira Kellyanne Conway defenderam a medida este domingo em aparições em talk-shows. Na Fox News, Conway sublinhou que no sábado foram detidas 300 pessoas, ou seja, 1% dos 325 mil estrangeiros que foram autorizados a entrar no país nesse dia. “É um pequeno preço a pagar pelo benefício de ter as fronteiras protegidas e o povo americano livre da ameaça do terrorismo”, considerou.

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