Domingos Pereira demite-se da Comissão Política do PS

Em causa está a decisão tomada pela Comissão Política Nacional do PS de avocar os processos de escolha dos candidatos a presidentes de câmara pelo partido nos municípios de Barcelos e de Fafe, contrariando posições assumidas a nível concelhio.

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Os estatutos do PS preveem a expulsão dos militantes que avancem com candidaturas autárquicas alternativas às listas do partido Adr

O deputado socialista Domingos Pereira afirmou hoje à agência Lusa que pediu a demissão da Comissão Política do PS, adiantando que poderá também desvincular-se da bancada socialista, caso avance com uma candidatura independente à Câmara de Barcelos.

Domingos Pereira, deputado eleito pelo círculo de Braga, afirmou que pediu igualmente a demissão dos cargos de presidente da Comissão Política Concelhia de Barcelos do PS e de presidente da Mesa da Comissão Política da Federação de Braga deste partido.

Em causa está a decisão tomada pela Comissão Política Nacional do PS de avocar os processos de escolha dos candidatos a presidentes de câmara pelo partido nos municípios de Barcelos e de Fafe, contrariando posições assumidas a nível concelhio.

"Os socialistas de Barcelos não se reveem nas práticas centralistas desta direção nacional do partido. Estou há 30 anos no PS, mas nunca tinha visto isto. Não vale tudo e tenho a esmagadora maioria dos militantes de Barcelos comigo", declarou Domingos Pereira.

No último congresso nacional do PS foi aprovada a directiva de permitir a recandidatura nas eleições autárquicas de 2017 de todos os presidentes de câmara socialistas em condições legais de o fazerem - caso de Miguel Costa Gomes, actual presidente da Câmara de Barcelos.

Domingos Pereira adiantou à agência Lusa que, nos próximos dias, irá ter uma conversa com o presidente do Grupo Parlamentar do PS, Carlos César, porque admite avançar com uma candidatura "independente", concorrente da oficial do seu partido em Barcelos.

Nessa circunstância, Domingos Pereira admite vir a entregar o cartão de militante e desvincular-se do Grupo Parlamentar do PS, ficando como deputado não inscrito (sem bancada).

Por sua vez, os estatutos do PS preveem a expulsão dos militantes que avancem com candidaturas autárquicas alternativas às listas do partido.

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