Argelinos que fugiram do aeroporto detidos na Gare do Oriente

Os dois homens foram detidos às 0h30 e serão agora presentes a tribunal.

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DANIEL ROCHA

Os dois argelinos que fugiram na quinta-feira do aeroporto de Lisboa foram detidos na madrugada desta sexta-feira na Gare do Oriente.

“A Polícia de Segurança Pública informa que hoje, cerca das 0h30, na estação do Oriente, uma equipa de Investigação Criminal de Lisboa interceptou os dois homens argelinos que haviam fugido ao final da tarde de ontem do Aeroporto Humberto Delgado”, diz um comunicado da PSP.

“A detenção decorreu sem incidentes, não tendo os suspeitos oferecido qualquer resistência. A identidade foi confirmada pelos documentos que apresentaram aos agentes policiais e pela confrontação das imagens recolhidas no aeroporto de Lisboa”, acrescenta a mesma, informando ainda que os “detidos serão hoje presentes a tribunal”.

Os dois homens faziam parte de um grupo de cinco pessoas, entre as quais estava uma mulher, que tinham tentado entrar ao início da tarde desta quinta-feira em Portugal, depois de desembarcarem de um voo vindo de Casablanca, Marrocos. Mas foi-lhes negada essa intenção por não terem visto. Inicialmente, as autoridades tinham falado em apenas quatro imigrantes.

Por não terem vistos de entrada no espaço Schengen, ficaram retidos na zona internacional do aeroporto, até serem recambiados de volta para a Argélia. "Foi quando estavam já na pista, a embarcar para o avião, na presença de elmentos da PSP e do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, que dois deles fugiram", descreveu na quinta-feira Hugo Palma, porta-voz da PSP. A proximidade da vedação de segurança do aeroporto, que naquela zona, junto ao terminal 2, dá para a Segunda Circular, proporcionou-lhes a oportunidade de que precisavam: saltaram a vedação, enquanto os outros três companheiros de viagem ficaram para trás.

Trata-se do quarto incidente do género desde o Verão. "Quer a rota usada quer o modus operandi não são novos", recorda uma fonte ligada ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. Fontes oficiais do Ministério da Administração Interna e da PSP explicam que se trata de mais um caso de imigração ilegal, descartando a hipótese de haver ligações a grupos terroristas.

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