Jerónimo Martins encerra 2016 a crescer em todas as geografias

Grupo dono do Pingo Doce registou 14.621 milhões de euros de facturação, mais 6,5% do que em 2015. Promoções ajudaram

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Vendas do Pingo Doce aumentaram 1,2%, com as promoções a ter "papel determinante" Patricia martins/Arquivo

O grupo Jerónimo Martins registou em 2016 um “crescimento notável” de vendas. De acordo com os resultados preliminares divulgados nesta quinta-feira, as vendas da empresa, dona do Pingo Doce, subiram 6,5% o ano passado para 14.621 milhões de euros graças a uma “extraordinária progressão no volume de negócios da Biedronka”, a cadeia de 2722 supermercados que o grupo detém na Polónia.

Com uma ajuda das promoções, a empresa liderada por Pedro Soares dos Santos diz que naquele país o ambiente foi “favorável” ao consumo, com a inflação a rondar os 0,7% nos primeiros 11 meses. Tendo em conta o mesmo número de lojas, as receitas aumentaram 9,5% e os últimos três meses do ano foram “particularmente” fortes (+11,9%). As vendas totais aumentaram 6,3% para 9,8 mil milhões de euros.

A Polónia pesa 66,9% nas vendas do grupo e diminuiu ligeiramente a sua importância no peso total em 2016, num ano em que a cadeia Ara, na Colômbia passou a representar 1,6% do negócio (valia 0,9% em 2015). A Ara registou vendas de 263 milhões de euros, “mais do que duplicando o volume de negócios em moeda local” e fechou o ano com 221 lojas.

Em Portugal, a Jerónimo Martins garante que o Pingo Doce “apesar da maturidade e do aumento da capacidade instalada no mercado apresentou um sólido crescimento de vendas de 4,4%”, para 3558 milhões de euros. Na comparação com o mesmo número de lojas, o crescimento foi de 1,2%, excluindo combustível (+1,3% no quarto trimestre, um dos mais importantes para o sector já que inclui a época natalícia). As promoções continuaram a “desempenhar um papel determinante” neste sector e o Pingo Doce manteve a estratégia.

A empresa garante que a cadeia de supermercados reforçou a sua "relevância para os consumidores e as suas posições de mercado".

O Recheio também registou crescimentos, com a ajuda da melhoria do negócio da restauração ("em resultado da forte actividade turística em Portugal"), e chegou aos 878 milhões de euros, mais 5,9%.

"O desempenho em 2016 confirma a adequação da nossa estratégia de enfoque no consumidor, que se traduz na competitividade dos preços e no reforço da atractividade do cabaz e da experiência de compra. Este posicionamento estratégico provou potenciar a captação das oportunidades de crescimento que identificamos em cada mercado em que operamos", refere a empresa.

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