Polícia turca divulga imagem do suspeito do atentado de Istambul

Ataque a uma discoteca provocou 39 mortos e 65 feridos. Daesh reivindicou ataque.

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Familiares no funeral de uma das vítimas SEDAT SUNA/EPA

A polícia turca divulgou imagens difusas de um homem que suspeita ser o autor do atentado na discoteca Reina de Istambul na noite de Ano Novo, que foi reivindicado esta manhã pelo grupo Daesh. São imagens difusas, retiradas de um vídeo de vigilância, que mostram um homem jovem, com um blusao negro.

Esta manhã, foram detidas oito pessoas relacionadas com a investigação do atentado que provocou a morte de 39 pessoas e deixou 65 feridas, quatro delas em estado crítico - mas nenhum dos detidos era o autor do ataque, especificou a polícia turca.

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imagem do atacante divulgada pela polícia Reuters

A declaração do Daesh diz que o homem saiu de um táxi e tirou uma arma da mala do carro. Depois, disparou e matou, primeiro um polícia e um segurança que se encontravam à porta da discoteca e depois contra os clientes no interior daquele espaço.O comunicado da organização que controla território na Síria e no Iraque classifica-ocomo um "soldado heróico" que "atacou uma das mais famosas discotecas onde os cristãos celebram o seu feriado infiel", diz a Reuters. No texto, o Daesh acusa ainda a Turquia de ser um país aliado dos cristãos.

Istambul começou 2017 com este ataque numa famosa discoteca na margem do Bósforo, frequentada por estrangeiros e celebridades. Pelo menos 20 mortos são estrangeiros, de países árabes. As famílias podem, a partir desta segunda-feira, levantar os corpos. Segundo os meios de comunicação social turcos, o homem terá disparado entre 120 a 180 balas durante sete minutos. Depois desapareceu.

O diário turco Hürriyet diz que as autoridades seguem a pista de que o autor do atentado poderá ser do Quirguistão ou do Uzbequistão, países da Ásia Central, muçulmanos de origem étnica turca.

Para trás deixou dezenas de mortos e feridos, na sua maioria estrangeiros. Entre os mortos estão 12 turcos, um belgo-turco. Entre as vítimas de outras nacionalidades estão dois jordanos, três iraquianos e outros três libaneses, avançam as autoridades destes países.  Está ainda um franco-tunisino, um canadiano e uma israelita entre os mortos. Há ainda uma vítima mortal por identificar, dizem os jornais turcos.

No domingo, as autoridades levavam a cabo a caça ao homem que conseguiu fugir do local. Então, o presidente Recep Taiyyp Erdogan declarou que o atentado pode estar ligado à participação do país na guerra contra o Daesh. Mas também há quem levante a hipótese de ter sido um fundamentalista turco contra festividades não islâmicas como o Natal e a passagem do ano.

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