CGD: António Domingues rejeita que saia da administração zangado com Governo

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Miguel Manso

O presidente demissionário da Caixa Geral de Depósitos (CGD), António Domingues, rejeitou hoje que tenha renunciado à liderança do banco público "zangado" com o Governo.

"Não, por amor de Deus, porque é que haveria de sair zangado?", questionou António Domingues, em resposta às questões dos jornalistas sobre a sua demissão, à margem da entrega de prémios 'Exame: 1000 Melhores PME', em Lisboa.

O presidente demissionário do Conselho de Administração e da Comissão Executiva da CGD recusou fazer mais comentários, referindo que hoje é dia de premiar as Pequenas e Médias Empresas (PME), num evento a decorrer na sede da CGD.

Na intervenção inicial, António Domingues defendeu que "o apoio às PME tem que ser uma das missões principais da CGD", considerando que "apesar do que já foi feito há ainda um longo caminho a percorrer".

"O crédito às PME representa ainda e apenas pouco mais de 6% do crédito total da CGD, por isso, o plano estratégico da CGD tem um dos vetores e critérios de sucesso o aumento do apoio às PME", declarou.

O presidente da Impresa, Francisco Pinto Balsemão, alertou as empresas para aproveitarem a oportunidade. "É raro um banqueiro vir dizer que tem dinheiro à vossa disposição", afirmou.

António Domingues apresentou a demissão do cargo no final de novembro, mas a renúncia só produzirá efeitos no final do mês de dezembro, altura que será substituído por Paulo Macedo e por Rui Vilar na presidência executiva e não executiva ('chairman'), respetivamente.

A nomeação da administração liderada por António Domingues esteve envolta em polémica em torno da entrega das declarações de rendimentos, dos salários e sobre a eventualidade de ter tido informação privilegiada sobre a CGD quando participou, como convidado, em três reuniões com a Comissão Europeia para debater a recapitalização do banco.

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