Renzi despede-se com um “até breve” e anuncia passeio por Itália

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Renzi, quando avaliou os resultados do referendo e disse que saía do governo Andreas Solaro/AFP

O Presidente Mattarella tinha anunciado sábado que teria novidades “dentro de horas” e Matteo Renzi sabia o que isso queria dizer. Decidiu, assim, despedir-se dos italianos com uma espécie de confissões nocturnas, que publicou no Facebook. O primeiro-ministro demissionário, já em campanha eleitoral para as primárias do centro-esquerda, diz que irá “andar de novo entre as pessoas, finalmente sem o casaco, em passeio por Itália”.

Renzi saltou alguns passos para chegar à chefia do Governo. Perdeu as primárias para Pierluigi Bersani, antes das eleições gerais de 2013, e nunca foi eleito pelos italianos. Desta vez, será tudo diferente.

Para ser candidato às eleições legislativas, explica aos seguidores, quer vencer as primárias do Partido Democrático (PD) “com mais de dois milhões de votos”. Só depois, e passando ainda o Congresso do PD, com um forte consenso reunido em redor da sua escolha, estará pronto a pensar nas legislativas, detalha.

Para já, o plano é claro: afastar-se “da política romana e da política dos políticos” para se reencontrar com os italianos que nas eleições europeias de 2014 lhe deram uma vitória alargada e que durante algum tempo o mantiveram com bons índices de aceitação e popularidade.

As ambições não ficam por assumir, Renzi já tinha sido claro quando anunciou a intenção de se demitir, hora e meia depois do encerramento das urnas, no dia do referendo constitucional que perdeu. Agora, despede-se mais ou menos da mesma maneira: “Ver-nos-emos em breve, amigos”.

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