CDS quer correspondência e documentação trocadas entre Finanças e Domingues

Centristas querem pôr tudo em pratos limpos: pedem os documentos trocados entre Governo e António Domingos para esclarecer se houve um acordo entre Governo e nova administração da CGD para a não apresentação, no Tribunal Constitucional, das declarações de rendimentos.

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Cecília Meireles é uma das subscritoras do documento Miguel Manso

O CDS ainda não baixou os braços no que se refere à polémica à volta da entrega das declarações de rendimentos da nova administração da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e nesta quarta-feira pede ao presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito para ter acesso à correspondência e documentação trocada, emails incluídos, entre o Ministério das Finanças e António Domingues para se perceber quais foram, afinal, “as condições colocadas” para que a nova administração aceitasse os convites.

Os deputados centristas pretendem, desta forma, ver a situação, que tanta polémica está a levantar, esclarecida. A controvérsia estalou de tal forma que até o Presidente da República já veio dizer que António Domingues tem a obrigação de apresentar declaração de rendimentos. O documento, agora redigido pelos deputados do CDS João Almeida e Cecília Meireles, dirige-se ao presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito à Recapitalização da Caixa Geral de Depósitos e à Gestão do Banco, o deputado José de Matos Correia.

“Considerando as notícias públicas sobre a existência de um acordo e garantias, por parte do Governo, sobre a não apresentação, no Tribunal Constitucional, das declarações de rendimentos da nova administração da CGD” e tendo ainda em conta que a comissão deve “apreciar a actuação dos órgãos societários da Caixa Geral de Depósitos, incluindo os de administração”, “dos Governos”, e “no que respeita à defesa do interesse dos contribuintes”, os deputados insistem que Matos Correia “se digne solicitar” a “seguinte documentação ao Ministério das Finanças e ao Dr. António Domingues", porque a julgam útil "à realização do inquérito”.

Querem, portanto, a “correspondência e documentação trocada, nomeadamente por correio electrónico, entre o Ministério das Finanças e o Dr. António Domingues após a reunião de 20 de Março de 2016, de alguma forma relacionadas com as condições colocadas para a aceitação dos convites para a nova administração da CGD”.

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