Obama discute criação de emprego com líderes da Parceria Transpacífica

Futuro do acordo de comércio livre está em risco depois de Donald Trump ter afirmado que este era "um desastre".

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Obama termina o seu último périplo internacional no Peru MARTIN BERNETTI/AFP

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, reuniu-se este sábado com líderes de outros países da Parceria Transpacífica (TPP) para avaliar, nas palavras do próprio, como criar "mais empregos e oportunidades" para todos os Estados que subscreveram o acordo de comércio livre.

No início da reunião, que decorreu no Centro de Convenções de Lima (Peru), no âmbito da conferência de líderes da Organização de Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC), Obama disse que esperava ter um "diálogo construtivo" com os seus parceiros no TPP (sigla inglesa de Trans-Pacific Partnership).

As cimeiras da APEC são sempre "uma ocasião muito útil para reunir e examinar como se pode assegurar que estão a ser criados mais postos de trabalho, mais oportunidades e uma maior prosperidade para os países", disse Obama, citado pela agência EFE.

A TPP tem sido uma das apostas comerciais nas quais Obama tem demonstrado mais empenho, no entanto, o próximo inquilino da Casa Branca, o republicano Donald Trump, já o criticou abertamente, classificando-o como um "desastre".

Além disso, o Congresso norte-americano, cujas duas câmaras são controladas pelos republicanos, não prevê submeter o TPP a votação antes de Obama concluir o seu mandato, a 20 de Janeiro.

Os países integrantes da TPP são os Estados Unidos da América e o Japão, primeira e terceira economia mundial, respectivamente, juntamente com a Austrália, o Brunei, o Canadá, o Chile, a Malásia, o México, a Nova Zelândia, o Peru, Singapura e o Vietname, todos estes membros da APEC. Trata-se de uma iniciativa com o potencial de mudar a estrutura do comércio mundial, uma vez que une 40% das trocas feitas em todo o planeta.

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