Trump convida membro do Tea Party para liderar a CIA

Michael T. Flynn, conhecido pelas posições duras em relação ao islão, convidado para conselheiro nacional de defesa. Senador Jeff Sessions deverá ser o próximo procurador-geral e Michael Pompeo o director da CIA.

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O Presidente eleito Donald Trump acelerou nesta sexta-feira a composição daquela que será a sua Administração, com os convites (que já terão sido aceites) ao general Michael T. Flynn para seu conselheiro de defesa nacional e ao senador Jeff Sessions para o cargo de procurador-geral. O congressista Michael Pompeo, do movimento conservador Tea Party, foi também convidado para chefiar a CIA.

Em comunicado, Trump declarou que Flynn irá ser importante para “derrotar o terrorismo radical islâmico” e que Pompeo será “óptimo e implacável” na CIA. 

As nomeações prometem gerar incómodo entre a ala mais progressista do Partido Republicano e a oposição dos democratas nas duas Câmaras do Congresso. Flynn, que foi durante a campanha conselheiro para as questões de segurança nacional, foi director da Agência de Informação da Defesa (DIA) entre 2012 e 2014, acabando por ser afastado pelo Presidente Barack Obama, de quem passou a ser um crítico aceso, acusando de estar a falhar na luta contra o que considera ser "o terrorismo islâmico radical". Enquanto conselheiro de segurança nacional terá um dos cargos mais poderosos da próxima Administração, sendo decisivo na definição da política militar e externa do país.

Menos esperado foi o nome escolhido para procurador-geral, cargo com funções equivalentes a ministro da Justiça - Sessions, senador pelo Alabama, era até agora apontado como um dos nome mais prováveis para chefiar o Departamento de Defesa. Apoiante desde a primeira hora do candidato republicano, Sessions foi procurador-geral, tanto no Alabama como a nível federal, pertence à ala mais à direita do Partido Republicano e é conhecido defensor de políticas anti-imigração.  

Dois membros da equipa de transição de Trump adiantaram também a vários jornalistas que Michael Pompeo foi o escolhido para chefiar a agência de serviços secretos, outro dos cargos-chave da próxima Administração. Segundo o Washington Post, o congressista do Kansas já terá aceitado o cargo. 

Donald Trump continua a fazer contactos para criar a sua equipa governativa. No sábado, segundo a agenda divulgada, reúne-se com Mitt Romney (crítico de Trump durante a campanha), um dos nomes falados para o cargo de secretário de Estado (chefe da diplomacia). 

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