Scarlett Johansson e o primeiro trailer de Ghost in The Shell já estão online

Filme que adapta a manga e transforma o anime em acção real estreia-se em Março de 2017.

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Scarlett Johansson volta aos papéis de acção, o anime volta ao cinema de acção real. Este domingo, o primeiro trailer da versão acção real de Ghost in The Shell aterrou na Internet, acompanhado por Tricky, Takeshi Kitano e Juliette Binoche.

A imagética é rica como se podia esperar, saturada do paradoxo urbano japonês da solidão num espaço sobrepovoado, da cor no cinzento, da delicadeza da heroína e ciberpolícia Major e da sua força. Os temas da identidade e da inteligência artificial, da ligação entre aspecto e essência, são servidos, naturalmente, apenas como aperitivos nestes dois minutos de trailer com a versão de Enjoy the silence, dos Depeche Mode, por Ki:Theory a tocar.

Ghost in The Shell, que tem estreia mundial prevista para os últimos dias de Março de 2017, vai ter em Portugal uma das suas actrizes, ainda que sem um papel publicamente divulgado (muito para evitar spoilers, a ficha técnica do filme tem vários espaços em branco). Rila Fukushima, que vem à Comic Com Portugal em Dezembro, integra um elenco predominantemente ocidental na adaptação ao cinema de live action de uma das mais populares e elogiadas manga de sempre e de um filme anime, realizado por Mamoru Oshii, igualmente respeitado.  

É por isso que o filme é conhecido, em parte, como a “versão Hollywood” da manga de culto que depois originaria filmes anime e uma série televisiva também de animação. O elenco de Ghost in the Shell, realizado por Rupert Sanders (Branca de Neve e o Caçador), inclui então Scarlett Johansson como Major Motoko Kusanagi, Juliette Binoche como Dr. Ouelet, Takeshi Kitano como Daisuke Aramaki, Michael Pitt como Kuze e Pilou Asbæk como o ninja Batou. O filme, tal como outros na história recente (Dr. Strange é um exemplo acabado de estrear), foi criticado por, numa história de origem japonesa, ter um elenco maioritariamente não-asiático, protagonista incluída. Mas o facto de esta ser um ciborgue, de conforme as versões mudar a sua aparência e ter até um lado andróginio numa dessas encarnações, completa a polémica com nuances. 

O trailer é uma avalanche de imagética japonesa e o produtor de Ghost in The Shell, Steven Paul, disse recentemente ao Buzzfeed que não só a editora da manga, da autoria de Masamune Shirow, colaborou de perto e sem críticas com a versão fílmica da história, mas também que não considera que esta seja “só uma história japonesa”. Ghost in The Shell passa-se na cidade japonesa ficcional de Niihama; o filme quer situar-se num “mundo internacional”. O elenco tem uma grande variedade de nacionalidades, de japoneses a americanos passando por britânicos e chineses, e segundo relatou em Abril a revista Hollywood Reporter, o tema não foi unanimemente polémico no Japão. Era mais ou menos esperado que, sendo uma adaptação americana, o elenco fosse ocidental, disseram alguns entrevistados, e foi saudado que não se tivesse tentado fazer passar a protagonista, por exemplo, por japonesa sendo chinesa ou de qualquer outra nacionalidade.

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