Gaia com Orçamento de 160 milhões em 2017

Valor é ligeiramente superior ao de 2016. Transportes públicos levam 12 milhões de euros

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Eduardo Vítor Rodrigues apostou na redução do endividamento da Câmara de Gaia fvl Fernando Veludo/NFACTOS

Não anda muito longe dos 158 milhões de euros inscritos no orçamento deste ano a previsão de despesas e receitas da Câmara de Gaia para 2017. No próximo ano, o município liderado pelo socialista Eduardo Vítor Rodrigues prevê gastar quase 160 milhões de euros, sendo mais de um quinto dessas verbas destinada a funções sociais (educação, habitação e outras). O transporte público é uma das áreas que ganham peso na gestão camarária.

O ano de 2017 será o primeiro em que Gaia se juntará ao Porto e a outros quatro municípios da região na gestão da STCP, o que explica os valores inscritos na rubrica transportes públicos, que chegam quase aos 12 milhões de euros. Neste sector, o município refere a aposta na criação no concelho de um serviço de metrobus – autocarros em linha dedicadas – mas insiste na necessidade de estender a linha Amarela do metro até Vila D’Este, reivindicação que pode ou não vir a ser atendida pelo Governo, que deve anunciar brevemente investimentos no metropolitano.   

Uma dos compromissos da maioria socialista para o último ano de mandato é o reforço do Centro de Emprego e Formação Profissional de Gaia, que tem sido, ao longo da crise, um dos concelhos da Área Metropolitana mais flagelados com o desemprego. Outra das promessas passa por limpar o nome da câmara perante os fornecedores, pagando a horas e poupando, desta forma, 1,5 milhões de euros em juros de mora.

O município conseguiu pagar dívida de tesouraria antiga graças ao empréstimo de saneamento financeiro de mais de 34 milhões de euros, contraído este ano. O esforço de redução do passivo tem sido uma prioridade do actual executivo – que se viu obrigado a fazer o saneamento face ao acumular de dívidas – e no final de 2017 esse campo do deve e haver da autarquia deverá demonstrar um valor de 119 milhões de euros. Muito abaixo dos 190 milhões declarados no final de 2015.

Em termos de investimento, 2017 será para Gaia, como para os restantes municípios, o último do mandato e o primeiro em que haverá acesso a fundos comunitários, que começaram a ser libertados este ano. Será também o ano em que haverá obra no terreno, mesmo que para isso Gaia tenha aceitado assumir, nalguns casos, a componente nacional de investimento que o Governo deveria pagar, como acontece com três escolas secundárias e numa parte das obras do hospital.

O município espera no entanto ver aumentadas as transferências do Estado, em quase 800 mil euros, e vai poupar 750 mil em despesas com manuais que estava a entregar gratuitamente aos alunos do concelho e que passam a estar abrangidos pela medida nacional, instituída pelo Ministério da Educação e paga pelo orçamento nacional. 

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