Possível alargamento do Mundial de futebol decidido em Janeiro

Presidente da FIFA reforçou interesse em lançar as bases para futuros torneios organizados por vários países.

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FABRICE COFFRINI/AFP

O Mundial de 2026 jogar-se-á com as actuais 32, com 40 ou com 48 selecções? A decisão será tomada em Janeiro. Gianni Infantino, presidente da FIFA, recordou nesta quinta-feira que é favorável à versão mais numerosa do torneio mas remeteu para o início de 2017 um veredicto final.

"Tivemos uma conversa positiva, mas não procedemos a qualquer votação. A decisão será tomada em Janeiro", vincou o dirigente, após o primeiro de dois dias de reuniões do organismo que rege o futebol mundial. "Ainda há trabalho de análise a fazer e as confederações também querem saber quantas das suas selecções serão qualificadas", prosseguiu o suíço-italiano.

De acordo com o novo formato defendido por Infantino, as 16 selecções vencedoras dos grupos na fase de qualificação serão qualificadas directamente para o Mundial, enquanto as 32 equipas restantes disputariam uma nova eliminatória. Por definir estaria o emparelhamento e se os jogo decisivos seriam discutidos a uma ou a duas mãos.

O antigo braço direito de Michel Platini, ex-presidente da UEFA, lembrou também que é favorável a um Mundial coorganizado por vários países, porquanto "permite repartir os equipamentos necessários" à realização do torneio. "Não queremos elefantes brancos, queremos estádios duradouros".

No decorrer do encontro, que está a ter lugar em Zurique, Gianni Infantino apresentou também as traves-mestras do seu programa, que apelidou de FIFA 2.0, destacando-se a necessidade de retomar o controlo sobre a venda de bilhetes nos Campeonatos do Mundo e de transferir, a partir de 2026, a organização desses torneios dos comités locais para uma "estrutura de gestão centralizada".

Mais imediatos serão os efeitos de uma medida de controlo de despesas. A FIFA compromete-se a abrir, até 2018, 11 gabinetes regionais, espalhados pelo globo, para "responder de forma mais eficaz às necessidades dos seus membros" e para "controlar a implementação dos programas de desenvolvimento" do futebol.
 

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