Sarampo e rubéola eliminados em Portugal, mas vacinas são imprescindíveis

A Organização Mundial de Saúde reconheceu oficialmente a eliminação do sarampo e da rubéola em Portugal, no entanto é importante assegurar que há uma barreira de protecção se um caso de sarampo vier eventualmente a ser importado, através de migrantes ou turistas.

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A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu oficialmente a eliminação do sarampo e da rubéola em Portugal, mas o director-geral da Saúde alerta para a importância de se manter a vacinação contra estas doenças.

"A OMS certificou a eliminação do sarampo e da rubéola em Portugal. São grandes vitórias, grandes conquistas, feitos muito importantes, resultado do Programa de Vacinação, que conseguiu acabar com este risco", afirmou nesta segunda-feira, Francisco George aos jornalistas, lembrando que o sarampo é uma doença especialmente grave em crianças.

O director-geral da Saúde admite que a vacinação pode ser o "maior inimigo" da própria vacinação. Não "se vendo a doença", que foi eliminada pelas vacinas, corre-se o risco de não continuar a imunizar as crianças.

"As mães não sabem hoje em dia o que é o sarampo. Ele não existe, não circula. É fundamental continuar a vacinar, garantir a imunização de grupo".

Em declarações aos jornalistas à margem de uma cerimónia em Loures, Francisco George salientou a importância de assegurar que há uma barreira de protecção se um caso de sarampo vier eventualmente a ser importado (através de viajantes, de migrantes ou turistas).

"É preciso continuar a vacinar contra o sarampo e a rubéola apesar de não termos em Portugal a circulação dos vírus", insistiu. 

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