Uma cronologia de acusações

O processo de destituição de Dilma Rousseff tem sido uma renhida guerra política.

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Protesto na Avenida Paulista em 2015 Nacho Doce/REUTERS

2015

2 de Dezembro – O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, autoriza  a abertura de um processo de destituição contra a Presidente brasileira, Dilma Rousseff, horas depois de a imprensa ter noticiado que o Partido dos Trabalhadores (PT) tinha dado instruções aos seus deputados para votarem a favor da abertura de um inquérito parlamentar sobre eventuais irregularidades cometidas por Cunha. Rousseff é acusada de crime de responsabilidade, por manipulações no Orçamento federal e pedidos de crédito a bancos públicos.

2016

4 de Março – A Polícia Federal deteve durante algumas horas Lula da Silva, para o interrogar durante três horas em São Paulo no âmbito da investigação da rede de corrupção em torno da petrolífera estatal Petrobras. Já este mês, a Polícia Federal indiciou Luiz Inácio Lula da Silva, e a sua mulher, Marisa, pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsificação de documentos (descrito no código brasileiro como falsidade ideológica), no âmbito de uma investigação que envolve a propriedade de um triplex num condomínio em Guarujá, uma cidade do litoral de São Paulo. Esta decisão da polícia equivale a uma recomendação à justiça para formalizar uma acusação contra o ex-Presidente.

29 de Março – O Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMBD), do vice-presidente Michel Temer, sai do Governo. Num clima de euforia, mais de cem membros da direcção nacional do PMDB aprovaram por voz e sob aplausos uma moção defendendo a passagem à oposição e exigindo que os peemedebistas (como são designados os membros do partido) com cargos no Governo se demitam, sob pena de enfrentarem sanções partidárias.

30 de Março – A Câmara baixa do Parlamento envia o processo de destituição à Presidente.

12 de Maio – O senado aceita, por 55 votos conta 22, julgar Rousseff, que é suspensa da presidência durante o processo. Michel Temer ocupa o cargo interinamente.

29 de Agosto – Rousseff faz a sua defesa perante os senadores.

30 de Agosto – Votação final da destituição de Dilma Rousseff. Se 54 senadores ou mais considerarem que a Presidente é culpada das acusações que lhe são feitas, Temer será confirmado no cargo de Presidente.

 

 

 

 

 

 

 

 

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