A Polícia Judiciária (PJ) comunicou nesta sexta-feira a detenção de dois homens e uma mulher suspeitos de crimes de incêndio florestal. Sobe assim para 30 o número de detidos por esta autoridade, desde o início do ano, a que se juntam mais dez suspeitos detidos pela GNR.

Uma mulher, de 53 anos, foi detida por suspeitas de ter ateado o fogo que deflagrou na última quarta-feira numa área florestal em Lordelo, no concelho de Paredes. As chamas ameaçaram várias casas e fábricas, dada a proximidade do fogo a uma urbanização residencial e industrial. De acordo com a PJ, o fogo terá sido provocado com um isqueiro. Ao que tudo indica, a mulher estaria a fazer uma limpeza de mato, para recolha de lenha, segundo aquela autoridade.

Por suspeita de ter começado um incêndio em Alcanena, a PJ deteve outro homem de 30 anos. A polícia afirma que o suspeito agiu “num quadro impulsivo” e terá ateado o fogo entre as 21h e as 21h30 de segunda-feira, numa área de mato e pinheiros. Na sequência deste incêndio, ardeu cerca de um hectare e o fogo “só não atingiu maiores proporções devido à pronta intervenção de dez corporações de bombeiros”, reforça a PJ. Este homem é igualmente suspeito da autoria de “múltiplos” incêndios ocorridos em 2015 e durante este ano em Alcanena.

A PJ deve ainda aquele que considera ser “o autor dos crimes de incêndio florestal ocorridos na segunda quinzena de Julho e nos primeiros dias de Agosto” na freguesia de Bustos, em Oliveira do Bairro. Ao todo terão sido vários incêndios, que consumiram uma “vasta área” florestal e colocaram em perigo habitações próximas.

A detenção do suspeito de 27 anos foi efectuada na sequência de mandados de busca e detenção emitidos pela Judiciária. Durante as buscas, a PJ apreendeu cerca de 30 metros de rastilho, que pode ser utilizado no fabrico de engenhos incendiários, adianta aquela polícia em comunicado.