Governo pede comportamento preventivo contra risco de incêndios

Nos 130 anos dos Bombeiros Voluntários de Cascais, Marcelo Rebelo de Sousa declara-se "em estado de prontidão" para estar ao lado dos bombeiros.

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"A protecção civil começa em cada um de nós", disse Constança Urbano de Sousa Enric Vives Rubio

A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, advertiu neste domingo para os riscos das condições meteorológicas em matéria de incêndios florestais e apelou ao comportamento preventivo por parte dos cidadãos. Poucas horas depois, ao início da tarde, mais de uma centena de bombeiros, apoiados por 32 veículos e três meios aéreos, foram mobilizados para combater dois incêndios em mato e floresta em Mangualde e Couto de baixo, no distrito de Viseu, cujas chamas estão por esta hora “ainda longe de estar dominadas”, segundo fonte dos bombeiros.

Na sua breve intervenção, durante a cerimónia comemorativa dos 130 anos dos Bombeiros Voluntários de Cascais, a ministra da Administração Interna referiu-se ao risco de incêndio que o país poderá enfrentar nas próximas semanas, por causa das condições meteorológicas, e classificou os bombeiros voluntários como “um grande pilar da protecção civil”.

No âmbito do combate aos incêndios florestais, a ministra referiu-se aos “excelentes resultados” verificados na fase “Bravo”, que antecede o período de maior risco de incêndios, com a área ardida do território nacional a ser a menor dos últimos dez anos. Porém, “as condições meteorológicas levaram a um crescimento da vegetação e ao aumento da carga de combustível” nas florestas, o que “acarreta agora um maior risco para esta nova fase que se iniciou este mês”.

“A prevenção começa pelos comportamentos dos cidadãos, que devem evitar comportamentos de riscos. A protecção civil começa em cada um de nós, e Portugal sem fogos depende de cada cidadão”, exortou a ministra.

Marcelo "em estado de prontidão"

Na mesma cerimónia, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou-se, por seu turno, “atento” e “em estado de prontidão” para estar ao lado dos bombeiros nesta fase de maior risco de incêndios florestais, num discurso em que fez elogios à ministra da Administração Interna.

“No terceiro dia em que o país entrou na fase Charlie [de risco elevado de incêndio], quero dizer que o Presidente da República vive dia-a-dia essa fase em conjunto com a ministra da Administração Interna, está atento e está em estado de prontidão. Isto é, sendo necessário, avançará para onde for imprescindível a sua presença”, declarou o chefe de Estado, dizendo-se “testemunha” do empenho da ministra em relação aos bombeiros de Portugal.

Antes, Jaime Marta Soares, presidente da Liga dos Bombeiros, tinha pedido à governante para colocar fim à possibilidade de as transferências do Estado para os bombeiros serem reduzidas anualmente em 5%, algo que disse criar “imprevisibilidade orçamental”, e pediu-lhe para o Governo apresentar um diploma para criar incentivos ao voluntariado.

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