Três portugueses integram investigação do Parlamento Europeu aos Panama Papers

Os eurodeputados Ana Gomes (PS), José Manuel Fernandes (PSD) e Nuno Melo (CDS-PP) vão integrar a nova comissão de inquérito sobre os Papéis do Panamá.

Foto
Os Panama Papers foram retirados dos registos da Mossack Fonseca AFP PHOTO / Ed Grimaldo

Três eurodeputados portugueses integram a comissão de inquérito do Parlamento Europeu (PE) sobre alegadas fraudes através de paraísos fiscais, num escândalo conhecido como Papéis do Panamá, foi hoje divulgado. A comissão especial, designada por PANA, terá um prazo de 12 meses para apresentar um relatório. 

Os eurodeputados Ana Gomes (PS), José Manuel Fernandes (PSD) e Nuno Melo (CDS-PP) vão integrar a nova comissão de inquérito sobre os Papéis do Panamá, que vai investigar alegadas contravenções ou má administração, pela Comissão Europeia ou pelos Estados-membros, na aplicação das regras da União Europeia sobre o branqueamento de capitais e elisão e a evasão fiscais. A lista dos 65 membros efetivos da comissão de inquérito sobre os papéis do Panamá (comissão PANA) foi hoje aprovada em plenário.

Ana Gomes integra a comissão das Liberdades Cívicas, Justiça e Assuntos Internos e a subcomissão da Segurança e Defesa do PE, pertencendo ainda, como suplente, à comissão dos Assuntos Externos, subcomissão dos Direitos Humanos e comissão especial TAXE 2, tendo ainda sido relatora-sombra sobre a directiva europeia contra o branqueamento de capitais, aprovada em plenário em maio do ano passado.

José Manuel Fernandes é membro suplente da comissão dos Assuntos Económicos e Monetários do PE. Na atual legislatura, foi relator sobre o orçamento da UE para 2016 e um dos relatores sobre o Plano Juncker (Fundo Europeu para Investimentos Estratégicos).

Nuno Melo é membro efectivo da comissão da Agricultura e suplente nas comissões parlamentares do Ambiente e das Liberdades Cívicas, Justiça e Assuntos Internos, sendo relator-sombra sobre um relatório relativo à luta contra a corrupção.

Os Papéis do Panamá referem-se a mais de 11,5 milhões de ficheiros, retirados dos registos da Mossack Fonseca – a quarta maior empresa de advocacia do mundo na área de paraísos ficais.

Em causa estão denúncias feitas por um consórcio de jornalistas – que inclui o semanário Expresso e a TVI – de branqueamento de capitais, elisão e evasão fiscal.

Sugerir correcção
Comentar