Primeiro-ministro francês diz que França "apoia muito o governo português"

Questionado sobre a possibilidade de sanções a Portugal, Manuel Valls defendeu que "não pode haver uma Europa punitiva".

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Manuel Valls encontrou-se este sábado com António Costa, em Paris

O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, declarou este sábado, em Paris, que a França apoia "muito o governo português" quando questionado sobre se apoia Portugal contra as sanções europeias.

"Estamos muito atentos às posições do governo português. Não pode haver uma Europa punitiva. Portugal fez muitos esforços que o povo português suportou (...) É preciso respeitar estes compromissos e ao mesmo tempo ter em conta os compromissos tomados pelo governo de António Costa diante do povo. Por isso, evidentemente que apoiamos muito o governo português", declarou Manuel Valls no final de uma reunião com o homólogo português, António Costa, em Paris.

O chefe de Governo francês disse, ainda, que a relação entre Portugal e França "é excepcional" e que os dois países partilham posições comuns "sobre tudo, nomeadamente sobre os temas migratórios, orçamentais, políticos" e sobre " a necessidade de a Europa ganhar meios para um projecto que faça sentido para os povos".

Manuel Valls vai assistir ao jogo entre Portugal e Áustria esta noite, no Parque dos Príncipes, em Paris, uma partida na qual também vai estar António Costa, que se reuniu com o chefe de Governo francês, oito dias após ter sido recebido pelo chefe de Estado francês, François Hollande, no Palácio de Eliseu, juntamente com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. A reunião com o primeiro-ministro francês ocorre dois dias antes de António Costa receber em São Bento o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.

Na semana passada, no âmbito das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, em Paris, François Hollande defendeu a linha política e económica seguida por Portugal no âmbito da União Europeia e disse que a França não é "simplesmente um parceiro no Conselho Europeu, mas um amigo", palavras que o primeiro-ministro português considerou serem de apoio ao país contra eventuais sanções europeias.

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