Vistos gold já superaram dois mil milhões de investimentos

Autorizações concedidas recuaram em Abril face a Março, para 130. Desde o arranque do programa investimento totalizou 2007 milhões de euros

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Investimento em imobiliário continua a dominar vistos gold.

Depois do máximo histórico atingido em Março, com a concessão de 168 Autorizações de Residência para Investimento (ARI), os processos aprovados em Abril caíram para 130. Contudo, desde o arranque do programa em 2012 o investimento atraído superou os dois mil milhões de euros.

A concessão de ARI, mais conhecidas por vistos gold, totaliza 507 nos primeiros quatro meses do corrente ano, caminhando a passos largos para atingir o total registado em 2015, que ascendeu a 766.

Apesar do crescimento, os números de novos vistos gold ainda não reflecte integralmente os milhares de processos tramitados desde Janeiro, em resultado da criação de um grupo de trabalho criado entre os ministérios da Administração Interna, Negócios Estrangeiros e Economia, para acelerar os processos de aprovação. O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, admitiu no Parlamento que desde o início deste ano e até dia 22 de Abril tinham sido tramitados 1611 processos de vistos gold, salvaguardando que 767 são autorizações de agrupamento familiar (767).

De acordo com os dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), o investimento atraído desde o arranque do programa, em 2012, está agora em 2007 milhões de euros, com claro domínio das aquisições de imobiliário, que somam 1811 milhões de euros. No total foram atribuídos 3295 vistos gold.

Por nacionalidades, os pedidos da China continuam a dominar, com mais 88 ARI atribuídos em Abril, com o Brasil em segundo lugar com 11 concessões.

A atribuição de ARI registou uma forte queda desde finais de 2014,altura em que rebentou o escândalo de corrupção associado à aprovação deste tipo de processos. Conhecida como Operação Labirinto, a investigação policial levou à prisão de altos quadros do Estado e à demissão do ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, que foi constituído arguido no âmbito de um processo que se encontra em fase instrutória.

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