Atlético só funcionou nos penáltis, City segurou apuramento histórico

"Colchoneros" venceram por 8-7 da marca de grande penalidade, depois do 0-0 no tempo regulamentar.

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Sergio Pérez/Reuters

Esperava-se um Atlético de Madrid ao ataque frente ao PSV, mas ficou evidente que esse não é o ADN da equipa de Simeone. A vitória numa teimosa “lotaria” dos penáltis (8-7) sobre os holandeses acabou por valer os quartos-de-final da Liga dos Campeões aos “colchoneros” pelo terceiro ano consecutivo.

Os 210 minutos da eliminatória não foram suficientes para ambos os conjuntos encontrarem o caminho das balizas. No jogo desta terça-feira, até foi o PSV que entrou a “mandar” nos primeiros minutos, muito embora nesse período as principais oportunidades tenham pertencido ao Atlético. O francês Griezmann, por duas vezes, aos 14 e 36 minutos, esbarrou numa parede holandesa de nome Zoet, naquelas que viriam a ser as melhores ocasiões da equipa da casa em todo o encontro.

Saul, Koke e Ferreira-Carrasco apareceram e finalmente o Atlético passou a dominar as operações. A pressão do meio-campo “colchonero” fez o PSV passar por algumas aflições e parecia que, mais tarde ou mais cedo, o Atlético iria colher os frutos da pressão.

Os últimos minutos da primeira parte foram de “sufoco” para a baliza holandesa e foi também nessa toada que se iniciou o segundo tempo. O PSV passou a apostar no contra-ataque, na tentativa de surpreender o bloco subido do Atlético e a estratégia só não deu resultado aos 57 minutos graças a uma intervenção “gigante” de Oblak. O ex-guarda-redes do Benfica desviou o remate de Locadia para o poste e, na sequência do lance, e com a baliza “escancarada”, de Jong não teve habilidade para confirmar um golo “cantado”.

Na resposta, e já num esforço para evitar o prolongamento, Fernando Torres fez tremer a baliza adversária, num pontapé que só não deu golo graças a (mais) uma boa intervenção do guarda-redes Zoet, a desviar para a bola para o poste esquerdo.

O prolongamento acabou por ser uma nulidade em termos futebolísticos. Ambos os conjuntos cederam fisicamente e o ritmo de jogo desceu quase a níveis de treino. Era a fase em que Atlético e PSV estavam já à espera das grandes penalidades e mais preocupados em não sofrer do que em atacar.

Nos penáltis, acabou por prevalecer a maior experiência dos jogadores espanhóis, que não falharam. Ao sétimo “tiro”, Narsingh — que entrara em campo aos 118’ para o lugar de Luuk de Jong — encontrou a barra e permitiu a Juanfran marcar a decisiva penalidade.

Tarefa mais simples tinha, à partida, o Manchester City, depois de uma vitória na Ucrânia por 3-1. Era assim na teoria e foi assim na prática, uma vez que o Dínamo de Kiev, que alinhou com Antunes e Miguel Veloso como titulares, não mostrou argumentos para desafiar a lógica que tantas vezes se eclipsa no calor das noites europeias.

Os “citizens” têm na Liga milionária a oportunidade perfeita (e única) para salvar uma temporada muito abaixo das expectativas, mas, do jogo desta terça-feira, salvou-se “só” o histórico apuramento para os quartos-de-final da prova.

Do jogo em si não há muito a registar. O momento mais “emocionante” saiu dos pés de Jesus Navas, com o espanhol a rematar à base do poste aos 61 minutos, no único disparo do City à baliza ucraniana.

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