As seis medidas anunciadas pelo BCE

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  •  A taxa de juro da principal taxa de juro de refinanciamento do banco central foi reduzida de 0,05% para zero, um novo mínimo histórico. Esta é a taxa que é aplicada quando as instituições financeiras da zona euro recorrem ao crédito do banco central através das suas operações regulares de financiamento. Antes suportavam juros mínimos, agora nada, o que constitui uma ajuda para que o crédito chegue mais barato à economia real.
  • A taxa de juro que se aplica à facilidade permanente de cedência de liquidez foi reduzida de 0,3% para 0,25%, uma medida directamente relacionada com a primeira e que conduz também a um embaratecimento dos fluxos de crédito.
  •  A taxa de juro de depósito do BCE passa de -0,3% para -0,4%. Esta é a taxa cobrada às instituições financeiras pelas reservas que têm paradas no banco central. Como está em valores negativos, o que isto significa é que os bancos têm de pagar para ter lá o dinheiro. Tendo ficado ainda mais negativa, aquilo que é feito é dar um maior incentivo a que os bancos reduzam as suas reservas e aumentem a concessão de crédito na economia. Pela negativa, os bancos perdem parte da sua capacidade para gerar lucros, o que cria ainda mais problemas ao sistema financeiro da zona euro.
  • As compras de activos que o BCE tem vindo a fazer no último ano passam de um montante de 60 mil milhões de euros para 80 mil milhões de euros. São mais 240 mil milhões de euros de impressão de dinheiro que o banco central irá fazer nos próximos 12 meses através da compra nos mercados de títulos de dívida pública e privada.
  • No seu programa de compra de activos, o BCE vai passar a adquirir também títulos de dívida de empresas não financeiras com um rating acima de “lixo”. É um mercado com um valor total acima de 900 mil milhões de euros, o que aumenta o espaço de manobra do BCE para encontrar activos suficientes para garantir as compras mensais de 80 mil milhões de euros agora prometidas.
  • O BCE irá realizar quatro empréstimos de longo prazo (a quatro anos) às instituições financeiras da zona euro. A taxa normal será a de refinanciamento, que é actualmente de zero. No entanto, as taxas de juro ainda podem ir mais abaixo, até ao valor da taxa de depósito (que é de -0,4%), nos casos em que os bancos emprestem uma parte significativa do dinheiro a empresas e famílias. 
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