Portugueses em Berlim: o primeiro balanço é positivo

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A presença portuguesa na Berlinale pode ter sido a maior de sempre, mas é a partir de agora – com programadores e distribuidores a explorar a vasta programação de Berlim para seleccionar filmes para exibir - que se vai poder verdadeiramente medir o impacto internacional destes oito filmes. Os primeiros sinais são modestos, mas positivos. 

Ana Isabel Strindberg, da Portugal Film, representando as curtas de Leonor Teles, Gabriel Abrantes (ambas na competição oficial Berlinale Shorts) e Marie Losier (Forum Expanded), disse ao PÚBLICO ter tido um excelente retorno inicial. “Tivemos pedidos dos filmes antes das projecções acontecerem, com reservas em festivais. Reunimos com vários distribuidores e instituições e alguns acordos ficaram praticamente fechados, quer para os filmes de Berlim quer para outros do nosso catálogo.” Strindberg aponta especialmente o interesse em Balada de um Batráquio, de Leonor Teles: “É a mais jovem realizadora da competição de curtas e houve interesse por parte de alguns produtores em conhecer o seu próximo projecto”.

Sobre Posto Avançado do Progresso de Hugo Vieira da Silva (Forum), Renata Curado, da Leopardo Filmes de Paulo Branco, adiantou ao PÚBLICO existir interesse de vários festivais, e apontou a estreia em sala em França e muito provavelmente também na Alemanha. 

Luís Urbano, da produtora O Som e a Fúria, que mostrava Cartas da Guerra de Ivo M. Ferreira (Competição), Eldorado XXI de Salomé Lamas e Rio Corgo de Maya Kosa e Sérgio Costa (ambos Forum), não quis prestar declarações ao PÚBLICO. Eldorado XXI, que teve algumas das melhores críticas do festival ao nível da imprensa internacional, foi no entanto já confirmado na selecção do festival nova-iorquino New Directors/New Films, organizado pelo Film Society of Lincoln Center e pelo MoMA (Museu de Arte Moderna) e a decorrer de 16 a 27 de Março, a par de Boi Néon de Gabriel Mascaro ou Bella e Perduta de Pietro Marcello.

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