A Sonae Indústria fechou o exercício de 2015 com resultados líquidos negativos de 36 milhões de euros, uma melhoria de 69% face aos 116 milhões de euros de prejuízos do exercício anterior, uma melhoria que se estendeu a outros indicadores, com destaque para os resultados operacionais.

De acordo com a informação enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) o lucro operacional subiu 64% para 29 milhões de euros, valor que compara com 18 milhões de euros registados em 2014.

“Esta evolução positiva traduz as melhorias operacionais resultantes do processo de reorganização da Sonae Indústria, o forte crescimento das vendas na América do Norte e o reforço das margens em todas as operações", refere o comunicado.

O volume de negócios da empresa maioritariamente controlada pelo empresário Belmiro de Azevedo subiu 1% no ano passado, para 1027 milhões de euros.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) cresceu 3%, para 92 milhões de euros, enquanto o EBITDA recorrente avançou 12%, para 107 milhões de euros. A dívida líquida, que ascende a 570 milhões de euros, reduziu-se em 13 milhões de euros na último trimestre, permitindo alcançar um rácio de dívida líquida para EBITDA recorrente de 5,3 vezes, o melhor nível desde 2008.

Comentando os resultados, Rui Correia, presidente executivo da Sonae Indústria, destacou que em 2015 foram feitos “progressos significativos no reforço da rentabilidade e sustentabilidade” da empresa. E destaca a parceria estratégica com a Arauco, envolvendo as operações na Europa e África do Sul, e a conclusão do plano de optimização da presença industrial.

"Para 2016 estamos empenhados em concluir com sucesso a implementação da nossa parceria estratégica com a Arauco e avançar, de forma consistente, na execução das iniciativas destinadas a aumentar a orientação para o cliente e a melhorar a nossa eficiência industrial e os processos internos", referiu.