CDS acusa Emel de desrespeitar Câmara de Lisboa

No centro da acusação está o concurso para a criação de um sistema de bicicletas de uso partilhado, que muitas criticas tem suscitado ao partido.

O vereador do CDS na Câmara de Lisboa considera que a Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (Emel) “desautorizou e desrespeitou” a autarquia e os seus vereadores e defende a suspensão do lançamento de um novo concurso para a criação de um sistema de bicicletas de uso partilhado.

Em causa está o facto de ainda não ter sido facultado aos vereadores da oposição “o necessário estudo de viabilidade económico-financeira acompanhado do respectivo plano de negócio”, documentação que o vereador centrista sublinha estar na base das decisões tomadas pela Emel no processo de “aquisição, implementação e operação” de um “sistema de bicicletas públicas partilhadas”.

De acordo com o vereador do CDS, essa documentação foi já solicitada ao presidente da câmara em duas reuniões camarárias, uma em Dezembro e outra já em Janeiro, num pedido que segundo diz foi secundado pelos eleitos do PCP.

João Gonçalves Pereira frisa que na última dessas reuniões esteve presente “a administração da Emel”, que “foi directamente instruída” pelo presidente da câmara, Fernando Medina, para “fornecer à Vereação do CDS-PP o Plano de Negócio sobre o investimento que constitui o Concurso Público da Bicicletas Partilhadas”. Algo que, critica, “mais uma vez não se verificou”.

Face a isso, e por considerar, em declarações ao PÚBLICO, que a empresa municipal “desautorizou e desrespeitou” a câmara, João Gonçalves Pereira vai apresentar esta quarta-feira uma proposta sobre o assunto. Nela o vereador propõe que se convoque uma assembleia geral extraordinária da Emel para se discutir o “não cumprimento das instruções do accionista no que respeita à omissão de entrega e documentação por este solicitado”.

Além disso, o autarca centrista defende que o novo concurso para a criação de um sistema de bicicletas de uso partilhado (anunciado depois de todos os candidatos a um primeiro concurso terem sido excluídos) seja suspenso “até que os documentos exigidos pela câmara na pessoa do seu presidente sejam entregues e possam ser devidamente avaliados”.

“Não sei o que é que a Emel quer esconder”, remata João Gonçalves Pereira, criticando a falta de “transparência” que em sua opinião tem marcado este processo.

 

 

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