Afluência às urnas abaixo de 2006, apesar de ter aumentado

Até ao meio-dia deste domingo tinham ido votar 15,82% dos eleitores, enquanto em 2011 essa taxa se ficava pelos 13,39%

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Desde Mário Soares que quando um chefe de Estado se recandidata a um segundo mandato a taxa de abstenção dispara nessa eleição Manuel Roberto

Até ao meio-dia deste domingo a afluência às urnas era estimada em 15,82%, taxa que, apesar de ligeiramente superior à das últimas eleições presidenciais em 2011, fica cerca de cinco pontos percentuais abaixo da registada em 2006, quando Cavaco Silva iniciou o seu primeiro mandato, derrotando Mário Soares e Manuel Alegre.

As estatísticas têm mostrado que os portugueses se abstêm menos quando o Presidente não se recandidata, e desta vez a regra parece estar a verificar-se uma vez mais. Assim, até ao meio-dia de 23 de Janeiro de 2011 – dia em que Cavaco Silva enfrentou mais uma vez o socialista Manuel Alegre e o independente Fernando Nobre – tinham votado 13,39% dos recenseados, bastante menos do que os cerca de 19% das eleições de 2006.

Olhando para os resultados finais das presidenciais desde 1976 percebe-se que há nitidamente um efeito “recandidatura”. Desde Mário Soares que quando um chefe de Estado se recandidata a um segundo mandato a taxa de abstenção dispara nessa eleição (22,01% em 1986; 37,84% em 1991) – depois do histórico socialista, aconteceu o mesmo com Jorge Sampaio (33,71% em 1996; 50,29% em 2001) e com Cavaco (38,47 em 2006; 53,48% em 2011). Com o general Ramalho Eanes, que também fez dois mandatos em Belém, tinha acontecido o contrário.

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