Palestiniano morto ao tentar esfaquear polícia em Jerusalém

Na sua mensagem de Natal, o Papa Francisco insistiu no apelo ao diálogo, mas os episódios de violência prosseguem.

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Nos últimos meses, a tensão entre israelitas e palestinianos já provocou 143 mortos Ronen Zvulun/REUTERS

Um palestiniano foi morto pela polícia israelita na cidade velha de Jerusalém este sábado, depois de ter tentado esfaquear um agente, noticiaram fontes israelitas e palestinianas. "Dois polícias reparam num indivíduo que lhes pareceu suspeito e aproximaram-se dele para o controlar. O terrorista sacou nesse momento de uma faca e tentou agredir um agente antes de ser morto”, afirmou um porta-voz da polícia.

A fonte precisou que se tratava de um palestiniano de 26 anos e originário de Jerusalém Oriental, zona anexada e ocupada por Israel. Também o Ministério da Saúde da Palestina confirmou a morte do cidadão, sem dar mais detalhes sobre a sua identidade, noticiou a AFP.

Desde o início de Outubro, os ataques contra israelitas levados a cabo por palestinianos isolados e os confrontos com soldados de Israel já mataram 132 palestinianos, 19 israelitas, um cidadão norte-americano e um outro da Eritreia, contabiliza a AFP. Ainda segundo a France Press a grande maioria destes palestinianos foram mortos quando tentavam cometer ataques, grande parte dos quais com armas brancas, mas também por outros métodos.

Na sexta-feira, um palestiano tentou lançar a viatura em que seguia contra-guardas fronteiriços israelitas, numa aldeia da Cisjordânia, mas foi travado pelas forças da autoridade, que o mataram. Pouco tempo antes, outro cidadão palestiniano tinha sido morto após confrontos com o exército israelita junto à barreira que separa a Faixa de Gaza de Israel.

No mesmo dia, em Roma, o Papa Francisco aludiu a estes episódios de violência constante na sua mensagem de Natal Urbi et orbi. O sumo pontífice católico pediu a palestinianos e israelitas que se envolvam num “diálogo directo”, lembrando que o conflito que os divide “tem graves repercussões no Médio Oriente”. Com AFP

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