À saída da estreia de Star Wars: O Despertar da Força, há "muitos sorrisos" e elogios

As primeiras reacções ao novo Star Wars: O Despertar da Força estão a ser muito positivas – a estreia oficial em Los Angeles, na segunda-feira à noite, juntou espectadores especiais como o criador da saga George Lucas e o elenco da trilogia original e do novo filme. E as redes sociais, sem spoilers e contrastando com a recepção morna (ou mesmo gélida) da trilogia das prequelas que Lucas lançou entre 1999 e 2005, transmitem o que os fotógrafos também captaram: sorrisos.

O jornalista da revista especializada Hollywood Reporter Matthew Belloni descreveu logo à saída da sessão da noite de segunda-feira numa gigantesca operação no Hollywood Boulevard: “MUITAS caras sorridentes”, escreveu no Twitter à medida que os espectadores, profissionais do sector divididos entre o sector criativo e os players do lado negocial emergiam das três salas (TCL Chinese Theater, El Capitan e o Dolby Theater) reservadas pela Disney. Na plateia estavam, escreve a revista Variety, o realizador Spike Lee e os actores Matthew McConaughey e Joseph Gordon-Levitt – este vestido, rosto pintado incluído, como um mestre Jedi Yoda improvisado. Não foi o único a levar consigo um adereço da série – o actor Rainn Wilson vestiu-se com o filho de Obi-Wan Kenobi e Boba Fett.

Lucas sentou-se ao lado do seu amigo e colega de criação do blockbuster de Verão, Steven Spielberg. Dentro da sala, relata ainda a Variety, no final do filme a actriz e activista Geena Davis gritou de entusiasmo depois de uma sessão que começou com ruidosas palmas para o elenco recém-chegado à saga e ainda mais estrondosos aplausos para George Lucas e o elenco da trilogia encetada em 1977.

“Foi épico, espantoso e perfeito”, escreveu o actor Rainn Wilson (de O Escritório) no Twitter. O realizador de Montage of Heck, o assombrado documentário sobre Kurt Cobain lançado este ano, não hesitou em dizer que o sétimo filme, realizado por J.J. Abrams, “é o melhor blockbuster desde o original” de 1977 para Brett Morgen. Elizabeth Banks, actriz e realizadora, enfatizou a mensagem anti-spoiler e revelações da intriga que a Disney e a Lucasfilm estão a tentar aplicar ao longo da titânica campanha promocional do filme (com a ajuda de muitos hashtags): 

J.J. Abrams é o denominador comum dos tweets e mensagens que foram sendo lançadas à medida que os espectadores saíam da sala: “J.J. deu cabo deles”; “J.J. acertou na mouche” ou simplesmente “J.J. conseguiu”, como escreveu o actor e humorista Patton Oswalt. No Dolby Theater estava o seu pai, a quem o realizador responsável por relançar Star Trek, pelas séries de televisão Alias ou pelo conceito de Perdidos, agradeceu por o ter levado a ver Star Wars quando tinha 10 anos. “Foi uma decisão muito boa”.  

Outro destaque vai para o novo elenco, encabeçado pela jovem actriz Daisy Ridley e pelo actor John Boyega, dois londrinos com pouco mais de 20 anos. Ela, em particular, a Rey do filme, faz com que a jornalista do Los Angeles Times Rebecca Keegan escreva que “entre as suas muitas qualidades, Star Wars: O Despertar da Força passa o teste Bechdel - nascido de uma história da cartoonista Alison Bechdel, avalia se uma obra ficcional contém, simplificando, pelo menos duas mulheres que falam entre si sobre um qualquer assunto que não um homem.

Muito está em jogo no que toca à bilheteira de Star Wars: O Despertar da Força – a Disney pagou perto de 4 mil milhões de dólares pela Lucasfilm e pelos seus franchises (Star Wars, Indiana Jones, etc.) e o filme é a primeira pedra de um caminho longo que prevê mais dois filmes desta trilogia, bem como filmes autónomos dedicados a personagens ou temas, negócios de merchandising e licenciamento chorudos e muitas expectativas de retorno.

 

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