Presidente volta a receber António Costa nesta terça-feira em Belém

Carta de resposta do líder socialista às seis exigências de Cavaco Silva já seguiu para Belém. PS, BE e PCP não voltaram a reunir-se, ficando-se apenas por contactos telefónicos antes da resposta por escrito ao Presidente.

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O líder socialista à saída da audiência desta segunda-feira em Belém Enric Vives-Rubio

O Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, vai receber novamente o secretário-geral do PS, António Costa, nesta terça-feira, às 11h, no Palácio de Belém, segundo a agenda do chefe de Estado divulgada na noite desta segunda-feira.

Esta nova audiência acontece depois de o secretário-geral do PS, ter respondido, por escrito, às seis clarificações, em relação aos acordos que assinou com o BE, o PCP e o PEV, que lhe foram pedidas pelo Presidente da República, na audiência que com ele manteve na manhã desta segunda-feira no Palácio de Belém, em Lisboa.

O PS não irá, porém, divulgar a carta e respeitará institucionalmente o Presidente da República. De acordo com as informações recolhidas pelo PÚBLICO, se alguém quiser tornar públicas as respostas, terá de ser o próprio Cavaco Silva.

Costa contactou, telefonicamente, os líderes dos restantes partidos de esquerda com quem assinou os acordos que viabilizam a sua entrada em funções. No entanto, nem o PS, nem o BE, nem o PCP viram necessidade de qualquer reunião formal para acertar uma resposta ao comunicado tornado público pelo Presidente. Aliás, a leitura feita por alguns dirigentes aponta para um "recuo" de Cavaco Silva, que, agora, apesar de tudo, "já reconhece a hipótese de um governo do PS apoiado à esquerda no Parlamento".

Ao princípio da tarde, o presidente do PS e líder parlamentar, Carlos César, declarou ao Diário Económico: "Vamos responder por escrito, creio que há condições para enviar respostas ainda hoje." "Nenhuma das perguntas tem qualquer grau de dificuldade, foram todas respondidas nas últimas semanas, é só relembrar o que foi dito."

À TSF, o presidente do PS explicou ainda que "todas as questões que o Presidente da República coloca são questões que têm feito parte do debate político diário e que têm sido esclarecidos pelo próprio líder do partido ou outros dirigentes do PS”.

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