Cavaco recebe presidentes dos principais bancos na quarta-feira

Presidente da República continua audiências com personalidades acerca do futuro político do país na sequência do chumbo do programa de governo.

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Miguel Manso

O Presidente da República vai receber na quarta-feira os presidentes dos principais bancos a operar em Portugal, anunciou a Presidência da República esta terça-feira de manhã. As audiências, no âmbito das consultas sobre a formação do Governo, irão decorrer no Palácio de Belém, em Lisboa.

As sete entidades convocadas por Cavaco Silva começam a ser recebidas às 9h, com a audiência do presidente executivo do Millennium BCP, Nuno Amado. Seguem-se o presidente da administração do Novo Banco, Eduardo Stock da Cunha (às 10h), o presidente da comissão executiva do BPI, Fernando Ulrich (11h), o presidente da comissão executiva do Santander Totta, António Vieira Monteiro (12h). À tarde são ouvidos o presidente da comissão executiva da Caixa Geral de Depósitos, José Matos (15h); o presidente da administração da Caixa Económica Montepio Geral, José Félix Morgado (16h); e o presidente da Associação Portuguesa de Bancos, Fernando Faria de Oliveira (17h).

Os banqueiros que serão ouvidos pelo Presidente da República na quarta-feira são os mesmos que na segunda-feira almoçaram no Hotel Ritz com o secretário-geral do PS, António Costa, e com o coordenador do programa económico socialista, Mário Centeno.

Na semana passada, o chefe de Estado realizou audiências com confederações patronais, associações empresariais e centrais sindicais, contactos que iniciou na sequência da rejeição do Programa do Governo PSD/CDS-PP, por uma maioria parlamentar.

Das nove entidades ouvidas por Cavaco Silva, duas defenderam claramente eleições antecipadas (Confederação do Agricultores e Fórum para a Competitividade) e duas pronunciaram-se explicitamente a favor de um Governo PS (as centrais sindicais UGT e CGTP), enquanto as restantes não apontaram claramente a solução que defendem.

O valor da estabilidade foi destacado pela Confederação Empresarial de Portugal (CIP), a Confederação do Turismo de Portugal (CTP) e a Associação das Empresas Familiares, com esta última a dizer que considera apenas dois cenários – um Governo minoritário do PS ou um Governo de iniciativa presidencial.

Alguns parceiros sociais alertaram ainda para o risco dos acordos à esquerda do PS com BE, PCP e PEV esvaziarem a concertação social, como a CIP, ou o Conselho Económico e Social (CES), cujo presidente manifestou a sua preferência por um Governo "ao centro", tal como a CTP. A Confederação de Comércio e Serviços (CCP) disse não simpatizar com um Governo de gestão.
 

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