Anonymous declaram guerra ao Estado Islâmico

Grupo de hacktivistas reforça acções online contra extremistas após ataques em Paris.

Anonymous declaram guerra ao Estado Islâmico

O grupo de hackers activistas Anonymous voltou a ameaçar o Estado Islâmico, depois dos ataques cometidos na última sexta-feira em Paris. Num vídeo publicado no seu canal no YouTube e num tweet na sua conta oficial, o grupo declarou guerra aos terroristas e assegurou que “nada fará parar” o movimento de agir contra os extremistas.

“Não se enganem: #Anonymous está em guerra com o #Daesh. Não pararemos de nos opor ao #IslamicState. Somos também melhores hackers. #OpISIS." O tweet publicado no domingo na conta @GroupAnon seguiu-se à divulgação de um vídeo através da conta no YouTube Daark Vador, no qual o grupo reage aos atentados na capital francesa que fizeram, segundo o balanço mais recente, 130 mortos.

No vídeo de dois minutos e meio, um elemento dos Anonymous, sob a máscara icónica de Guy Fawkes, promete que será “lançada a maior operação de sempre” contra o Estado Islâmico (EI), que deverá “esperar ciberataques em massa”. “Anonymous de todo o mundo vão perseguir-vos”, continua o porta-voz. “Devem saber que vamos encontrar-vos e não vamos deixar-vos ir”, acrescenta a voz por trás da máscara.

“A guerra está declarada. Preparem-se”, ouve-se nuns minutos mais à frente na gravação. “O povo francês é mais forte do que vocês e vai sair desta atrocidade ainda mais forte”, continua o vídeo.

Esta não é a primeira vez que os Anonymous se insurgem contra o EI. Depois do ataque à redação do semanário satírico Charlie Hebdo em Janeiro deste ano, o grupo tem anunciado e apelado a acções no âmbito da campanha #OpISIS no Twitter.

Desde os ataques ao Charlie Hebdo e a um supermercado judaico em França, que fizeram 17 mortos, os hackers desmantelaram perto de 149 sites associados ao EI, segundo dados recolhidos pela revista norte-americana Foreign Policy. Além das páginas, foram atacadas mais de 100 mil contas no Twitter e deitados abaixo 5900 vídeos de propaganda extremista.

Um dos elementos do Anonymous compilou 26 mil contas do Twitter associadas ao EI e criou uma página com uma lista das mesmas, que foi alvo de tentativas de ataque por parte de membros do Estado Islâmico e de apoiantes seus.

Os Anonymous reclamam ter conseguido interceptar um grupo de hackers pró-EI, o CyberCaliphate, suspeito de usar pelo menos dez contas no Twitter a partir de uma morada de IP localizada no Kuwait. O grupo activista explicou em declarações ao Epoch Times que as contas do EI têm um prazo de vida de cerca de oito horas antes de serem suspensas pelo Twitter. Segundo fonte dos Anonymous, após dez suspensões seguidas, as contas desaparecem durante algumas semanas, mas voltam a aparecer, sob um outro nome, mas com o símbolo do CyberCaliphate e com a mesma morada de IP.

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