BE aprova conteúdos do acordo com o PS

A Comissão Política do Bloco já aprovou o documento interno do partido que elenca os conteúdos de um acordo a assinar com o PS.

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Catarina Martins diz que o Bloco tem a "capacidade de ter ideias locais e de lutar por elas" Enric Vives-Rubio

A Comissão Política do Bloco de Esquerda deu luz verde, na quinta-feira à noite, a que a direcção do partido venha assinar um acordo para viabilizar um Governo minoritário do PS, que para existir precisa também do apoio parlamentar do PCP.

A aprovação do documento interno que sistematiza os conteúdos concretos e programáticos, bem como so princípios políticos que deverão orientar a governação de um Governo minoritário do PS, sustentado parlamentarmente por uma maioria de esquerda.

A porta-voz da direcção do BE, Catarina Martins, fez o anúncio na rede social Twitter pouco antes da 1h da madrugada de sexta-feira: “A Comissão Política do Bloco acaba de aprovar o documento resultante das negociações com o PS. A esquerda responde pelo emprego, salários e pensões.”

Ao mesmo tempo era publicado na página na Internet do partido uma posição oficial da Comissão Política sobre a aprovação dos conteúdos do acordo com os socialistas: “A Comissão Política congratula-se com este resultado. Pela parte do Bloco, as negociações com o PS estão concluídas e estão reunidas as condições para um acordo à esquerda pela protecção do emprego, dos salários e das pensões.”

Catarina Martins já na quarta-feira se tinha mostrado "certa" de que haveria um acordo à esquerda para a formação de um governo da iniciativa do PS.

"Estou certa que sim", disse em entrevista à SIC, quando questionada sobre se haverá um entendimento à esquerda que se apresente como alternativa ao chumbo no Parlamento do programa do actual executivo PSD/CDS-PP.

Depois de lhe ter sido perguntado se tal afirmação era uma efectiva confiança política ou uma manifestação de fé, a dirigente do BE respondeu: "Sou pouco dada a questões de fé. Sou mais fã de garantias e compromisso político".

Já as negociações entre o PS e o PCP não estão completamente fechadas. As medidas estão acertadas, mas o acordo político fica à espera do fim-de-semana.

 

 

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