PS desvaloriza “Governo provisório” de Passos

Deputada Ana Catarina Mendes reitera intenção de apresentar Executivo alternativo

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António Costa Enric Vives-Rubio

O Partido Socialista (PS) reagiu esta terça-feira à apresentação do
novo Governo da coligação catalogando-o como um “Governo provisório”
com os “dias contados”. Perante a lista de nomes já divulgada, a
deputada Ana Catarina Mendes concluiu estar perante um Executivo
“fechado sobre si mesmo” e sem “qualquer interacção com a sociedade
portuguesa” por se saber já que era uma solução de “curto prazo”.

A posição oficial socialista foi antecedida por uma reacção do próprio
líder, que através da rede social Facebook, fez saber que olhava para
o anúncio como "uma clara demonstração de continuidade sem evolução".
António Costa classificou ainda o elenco governativo como “uma
coligação de direita esgotada em si mesma, fechada sobre si própria,
sem qualquer capacidade de atração e de mobilização da sociedade
portuguesa". "É um governo sem futuro e com consciência disso",
resumiu.

A reacção, no Parlamento, serviu ainda para a socialista
reiterar a aposta do PS em “construir um Governo alternativo” a
apresentar após o chumbo – já dado como adquirido – do programa do
Governo agora apresentado na Presidência da República.

A socialista, que tem participado nas reuniões com o BE e PCP com
vista à obtenção de um acordo que possa sustentar um Governo de
esquerda, desvalorizou também a indicação de dois nomes para os
ministérios da Cultura e da Modernização Administrativa como um sinal
de aproximação ao PS, argumentando com os anteriores quatro anos de
incapacidade de diálogo da coligação.

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