CDU defende que “hecatombe” da direita impede Presidente de lhe dar posse

Se a coligação Portugal à Frente não tem maioria absoluta, o Presidente da República não pode dar posse ao governo.

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“Hoje assinala-se o dia em que o Governo PSD/CDS tem uma grande derrota, perde uma grande expressão eleitoral, perde a maioria absoluta. E perde a possibilidade de formar governo, a menos que haja da parte do Presidente da República uma entorse relativamente aos resultados eleitorais”, defendeu Francisco Lopes, do comité central do PCP e cabeça de lista por Setúbal.

“É um facto: PSD e CDS tinham uma maioria absolutíssima na Assembleia da República, tiveram a maioria dos votos em 2011. E agora as melhores expectativas apontam para à volta de 40% e vamos ver se isso se verifica”, acrescentou Francisco Lopes em declarações aos jornalistas.

O antigo candidato presidencial do PCP classificou os resultados da coligação Portugal à Frente como “hecatombe eleitoral” e que terá consequências “do ponto de vista institucional”.

Para a CDU, a questão é muito simples: “Como é que vão formar governo? Só poderão formar governo se alguma força que tem estado na oposição favorecer a criação desse governo, porque de outra forma não há nenhuma possibilidade de o PSD e o CDS formarem governo.” Este é, na sua visão, o “dado fundamental que resulta destas eleições”.

Sem querer revelar o que a CDU pretende fazer, Francisco Lopes garante que os deputados da CDU recusarão, como sempre fizeram, o que é negativo para o país e aprovarão o que for positivo.

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