Portas só faz quatro acções de campanha sem Passos

Os líderes do PSD e do CDS vão partilhar a mesma caravana durante a maior parte dos 13 dias de campanha oficial.

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Nuno Ferreira Santos

Só por quatro vezes em 13 dias Paulo Portas terá uma agenda própria durante a campanha oficial da coligação Portugal à Frente. De resto, o líder do PSD e o líder do CDS vão estar juntos em visitas, almoços, contactos com a população e jantares/comício. A "maratona" arranca já neste fim-de-semana.

A coligação Portugal à Frente arranca com a volta já amanhã, nove dias antes do período oficial, que começa dia 20. Nesse período, estão previstos três comícios de rua, em Vila Real (terra natal da família de Passos Coelho), Porto e Lisboa. Aliás, é na capital que começa e se realiza o encerramento da campanha oficial.

Só em iniciativas isoladas em quatro dias – 21 de Setembro em Setúbal, 24 em Braga, 25 no Porto e 29 em Aveiro – Paulo Portas terá uma agenda paralela à de Passos Coelho. “Para termos ganhos de escala”, assumiu o director de campanha da coligação, José Matos Rosa, durante a apresentação aos jornalistas da “maratona” (chamada mesmo assim) dos líderes esta quinta-feira, na sede de campanha em Lisboa.

Antes do período oficial, Paulo Portas terá uma iniciativa sozinho, na Guarda/Castelo Branco e deverá ainda estar fora da volta para se deslocar aos Açores e para preparar o debate com Heloísa Apolónia, da CDU, marcado para o dia 18.

Com uma aposta nas redes sociais, a campanha da coligação terá, num dia-tipo, almoços com jovens, mulheres, empresários, sindicalistas, autarcas e em que haverá intervenções de Passos Coelho e Paulo Portas. Braga, Porto, Aveiro e Lisboa são os distritos em que PSD e CDS mais apostam, mas não ficou nenhum de fora. Beja, Bragança e Vila Real são os que vão ter uma passagem mais rápida dos dois líderes partidários.

Nas acções de rua serão distribuídas canetas, bandeiras, leques e cachecóis, segundo Matos Rosa. Os eleitores residentes em Portugal receberão na caixa do correio panfletos desdobráveis e aos que moram no estrangeiro foram enviadas cartas.

Questionado sobre como é que a direcção de campanha vai lidar com anunciadas manifestações dos lesados do BES, Matos Rosa foi lacónico. “Respeitamos todas as pessoas. Esperamos que as pessoas nos respeitem também e nos deixem cumprir o jogo democrático”.

Na sessão de apresentação, Matos Rosa esteve sentado ao lado da directora-adjunta de campanha, a centrista Cecília Meireles, e de o director da volta, João Montenegro (que pertence ao gabinete do primeiro-ministro) e de cinco assessores de imprensa. Na sala estava também um elemento da segurança do primeiro-ministro. 

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