Paulo Lalanda e Castro responde a João Miguel Tavares

A crónica de João Miguel Tavares ("Tudo bons rapazes" de 4 de Agosto) afirma falsamente o meu envolvimento na investigação policial aos Vistos Gold. Não é verdade. Nada do que até hoje se conhece publicamente desse processo envolve investigação a actos por mim praticados, nem o mesmo tem a ver com concessão de vistos de saúde a doentes para serem tratados em Portugal.

Afirma também igual envolvimento na operação Vampiro no Brasil, referência que não é exacta, nem verdadeira: esse processo envolveu realmente todas as multinacionais farmacêuticas que ao tempo operavam no Brasil, e seus responsáveis (e por isso fui ali pessoalmente envolvido) e entretanto, há já muitos meses, o Tribunal deu por findo o inquérito judicial respectivo, arquivando-o. O que é do conhecimento público.

Afirma ainda que o plasma português "é deitado fora para depois ser comprado à Octapharma", o que não só não é verdade como não passa de afirmação desprovida de qualquer fundamento e sentido. A Octapharma não colheu, ou colhe, qualquer benefício do não aproveitamento do plasma português. O que comercializa é um serviço cujo custo e remuneração é matematicamente o mesmo quer inactive plasma português ou de outra origem.

Afirma, por último, que pertencerei a uma categoria de pessoas que o autor designa como "Tudo bons rapazes", com o sentido perjorativo que lhe dá.

É inaceitável este juízo de valor sobre pessoas, não só por ser alicerçado em factos cujos reais contornos o autor do escrito manifestamente desconhece, como por ser falso.

O artigo faz estas referências em relação a um cidadão que, perante a justiça e perante a lei, está e é inocente, pelo que a associação é totalmente imerecida, injustificada e sem qualquer sentido. Legal, jornalístico ou ético.

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