Tempestade de tédio

Nicole Kidman de volta a Austrália, para mais um papel de mulher em sofrimento.

Foto
Filme incrivelmente maneirista e muitíssimo esquemático DR

Nicole Kidman de volta a Austrália, para mais um papel de mulher em sofrimento. A estreia de Kim Farrant na longa-metragem é um filme incrivelmente maneirista (a cor alaranjada da tempestade de areia que “contamina” a fotografia) e muitíssimo esquemático na sua mistura de “temas”, a casar o drama de primeiro plano (um casal cujos filhos desapareceram durante uma tempestade) com alusões e referências à ancestralidade australiana e ao folclore aborígene (tudo se passa numa remota cidade do “outback”).

Auto-complacente e super-solene, castigador e masoquista, decorativo e arty, é um filme onde a pose é tudo, em detrimento de um interesse verdadeiro (ou pelo menos “orgânico”) pelas suas personagens e pela sua narrativa. Muito, muito aborrecido.

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