Maria Barroso continua em “coma profundo” mas foi transferida para um quarto

Mulher do ex-Presidente da República Mário Soares continua em "coma profundo", mas sem precisar da unidade de cuidados intensivos.

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Maria Barroso caiu em casa no dia 25 de Junho Dulce Fernandes/Arquivo

Maria Barroso continua “em coma profundo” e num estado considerado “extremamente crítico”, mas a sua situação clínica deixou de justificar um internamento numa unidade de cuidados intensivos. A mulher do ex-Presidente da República Mário Soares foi transferida para um quarto particular, segundo a informação avançada nesta segunda-feira pelo Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa.

De acordo com uma nota lida no hospital, Maria Barroso foi transferida para o quarto durante a manhã desta segunda-feira para que possa ter mais privacidade e o acompanhamento da família. No entanto, não houve qualquer evolução no seu estado de saúde. "Continuará com o mesmo tipo de vigilância activa que é requerida para a sua situação clínica, nomeadamente com o mesmo nível de controlo e monitorização dos sinais vitais", diz o comunicado, que indica que Maria Barroso está "sem recurso a ventilação externa".

Há uma semana o Hospital da Cruz Vermelha já tinha informado, através de um comunicado, que o estado de saúde da ex-primeira-dama e fundadora do PS não tinha sofrido “alterações significativas”, depois de se ter agravado bastante nas primeiras 48 horas. Maria Barroso, 90 anos, encontra-se internada naquela unidade em estado muito grave, em coma, desde o dia 26 de Junho. A hospitalização aconteceu na sequência de uma queda em casa no dia 25 de Junho.

Maria Barroso casou-se com Mário Soares em 1949, de quem tem dois filhos, João e Isabel. Foi uma das fundadoras do Partido Socialista, liderado por Mário Soares, em Bad Münstereifel, na Alemanha, em 1973. Um dos seus últimos cargos públicos foi a presidência da Cruz Vermelha Portuguesa, tendo também dirigido a associação Pro Dignitate, que ajudou a fundar. Dirigiu o Colégio Moderno, uma instituição de ensino privado em Lisboa, uma função que, a partir de determinada altura, foi partilhada com a filha, Isabel Soares. Durante a ditadura, foi proibida de dar aulas.

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